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PIX vs WhatsApp Pagamentos: compare os ‘substitutos’ do TED e DOC

PIX vs WhatsApp Pagamentos: compare os 'substitutos' do TED e DOC

PIX será lançado em novembro e WhatsApp Pay teve permissão de testes concedida pelo Banco Central; entenda os meios de pagamento

PIX e o WhatsApp Pay são métodos de pagamentos que podem representar uma substituição aos tradicionais TED e DOC pela concorrência, rapidez e praticidade dos serviços de transação de dinheiro. O PIX, com a proposta de ser um recurso de transferências instantâneo e mais barato, surge para competir com as opções do mercado e já tem data de lançamento anunciada. O WhatsApp Pay, apesar do bloqueio e suspensão pelo Banco Central em junho, ganhou permissão para iniciar testes em território nacional no fim de julho, mas ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

Na lista abaixo, o TechTudo traz um comparativo entre o PIX e o WhatsApp Pay, explicando como funciona cada um dos métodos de pagamentos, além de detalhar como serão as transações e quais as taxas cobradas por cada um dos serviços.

PIX ou WhatsApp Pay? Veja diferenças entre os métodos de pagamento — Foto: Pond5
PIX ou WhatsApp Pay? Veja diferenças entre os métodos de pagamento — Foto: Pond5

1. O que é?

O que é WhatsApp Pay? Entenda função de pagamentos no app — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
O que é WhatsApp Pay? Entenda função de pagamentos no app — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

O WhatsApp Pagamentos é uma ferramenta do mensageiro para transferências de valores pelo próprio aplicativo para Android e iPhone (iOS). Com o recurso, usuários podem enviar e receber dinheiro em conversas pelo app, bem como efetuar pagamentos de compras realizadas por contas comerciais no WhatsApp Business.

O serviço é gratuito para contas pessoais e o WhatsApp não cobra taxas pelas transferências — ele apenas impõe limites de valores e quantidade de transações por dia ou mês. Já para contas comerciais não há limite no número de pagamentos, mas há a cobrança de uma taxa fixa de 3,99% para processamento de vendas.

Sistema PIX será liberado para todos em 16 de novembro; entenda — Foto: Divulgação/Banco Central
Sistema PIX será liberado para todos em 16 de novembro; entenda — Foto: Divulgação/Banco Central

O PIX é um novo sistema para pagamentos do Banco Central cuja proposta é ser uma ferramenta para transações instantâneas e disponível 24h por dia, incluindo finais de semana e feriados. O recurso deve substituir as transferências via TED e DOC pela praticidade e rapidez, já que funciona independentemente dos horários habituais dos bancos.

As transferências poderão ser realizadas entre pessoas físicas e jurídicas, e a nova modalidade de pagamentos não requer download de aplicativos para funcionar, sendo disponibilizada pelos softwares das próprias instituições financeiras e de pagamento. Ou seja, o PIX deve ser implementado no Internet Banking do banco de que você é correntista.

Segundo calendário divulgado pelo Banco Central, 5 de outubro começam os cadastros e registros das chaves PIX, uma espécie de senha necessária para fazer e receber transações com a forma de pagamento. A partir de 3 de novembro, o novo modelo será iniciado de maneira restrita, e o serviço ficará disponível para a população brasileira em 16 de novembro.

WhatsApp Pay promete facilitar as transações de envio e recebimento de dinheiro — Foto: Divulgação/ WhatsApp
WhatsApp Pay promete facilitar as transações de envio e recebimento de dinheiro — Foto: Divulgação/ WhatsApp

A liberação do WhatsApp Pay no Brasil foi anunciada dia 15 de junho e, oito dias após o lançamento, o Banco Central suspendeu a ferramenta sob a alegação de “preservar um adequado ambiente competitivo” e que, com a medida, seria capaz de “avaliar eventuais riscos”, já que a continuidade do serviço sem autorização poderia gerar “danos irreparáveis”.

No final de julho, Mastercard e Visa confirmaram que o recurso de pagamentos do WhatsApp obteve permissão para realizar testes em território nacional. Entretanto, desde a suspensão do recurso de pagamentos pelo Banco Central, o WhatsApp Pay não possui data prevista de lançamento para usuários no país, já que depende de autorização da instituição financeira.

3. Taxas, horário de disponibilidade e velocidade de transação

O WhatsApp Pay é gratuito e a ferramenta não cobra taxas por transferências via cartão de débito, nem tarifas sobre pagamentos no débito ou crédito enviados a comerciantes com empresas no WhatsApp Business. Já para empresas que usarem a solução de pagamentos, há a cobrança de uma taxa fixa de 3,99% por transação recebida pela plataforma.

Para comerciantes no WhatsApp Business, além da conta no Facebook Pay, é necessário ter uma conta Cielo para processar pagamentos de clientes. Sendo assim, a quantia é recebida pela conta Cielo e transferida depois para a conta de recebimento. O processamento pode levar cerca de dois dias úteis.

Rede do PIX, gerida pelo Banco Central, liquida pagamentos na hora 24 horas por dia — Foto: Divulgação/Banco Central
Rede do PIX, gerida pelo Banco Central, liquida pagamentos na hora 24 horas por dia — Foto: Divulgação/Banco Central

O PIX é um serviço de transferências mais barato que TED e DOC para as instituições financeiras, porém o custo das transações, como e se elas serão repassadas aos clientes, ficará a cargo dos próprios bancos. Ainda assim, o Banco Central afirma que irá monitorar eventuais cobranças abusivas.

As transferências feitas pelo PIX podem ser realizadas a qualquer hora e em qualquer dia da semana, incluindo sábados, domingos e feriados, sem interrupção. O pagamento cai na conta do recebedor quase que instantaneamente, levando em média três segundos para compensar o valor.

4. Quem pode usar?

O PIX pode ser utilizado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, desde que possuam conta-corrente, poupança ou pré-paga em uma das instituições participantes. No WhatsApp Pay, usuários de contas pessoais precisam configurar um cartão de débito vinculado a uma conta bancária em uma das instituições parceiras no Facebook Pay para receber transações entre pessoas físicas.

Já para contas comerciais no WhatsApp Business, é necessário conectar uma conta Cielo associada ao CPF ou CNPJ para receber os pagamentos efetuados por clientes.

WhatsApp Pay ou PIX? Compare serviços de pagamentos — Foto: Tainah Tavares/TechTudo
WhatsApp Pay ou PIX? Compare serviços de pagamentos — Foto: Tainah Tavares/TechTudo

5. Quais as formas de pagamento?

No PIX, mais de 900 instituições estão em processo de adesão ao novo meio de pagamento. Dentre elas, estão bancos como o Bradesco, Santander, Itaú, Banco do Brasil e Banco Original, além de fintechs como o Neon, Nubank, C6 e Banco Inter.

Com o WhatsApp Pay, as transferências de dinheiro podem ser realizadas por cartões de débito, e os pagamentos podem ser efetuados por cartões de débito, crédito ou cartões múltiplos de bandeira Visa ou Mastercard, emitidos pelas instituições financeiras representadas pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, incluindo a conta digital Woop.

6. Como é a segurança?

O WhatsApp não pode oferecer criptografia de ponta-a-ponta para os dados de pagamento dos usuários porque essas informações precisam ser repassadas para as instituições financeiras parceiras. Ainda assim, o mensageiro afirma que todos os dados são sigilosos e protegidos por camadas de segurança, e que as informações entre o celular do usuário e os servidores do WhatsApp são criptografadas.

Segundo Banco Central, PIX é mais seguro que rede bancária tradicional — Foto: Divulgação/Banco Central
Segundo Banco Central, PIX é mais seguro que rede bancária tradicional — Foto: Divulgação/Banco Central

Além disso, o PIN do Facebook Pay também agrega mais uma proteção à ferramenta e, para enviar dinheiro, também é necessário verificar o cartão em uso. O Facebook recomenda não compartilhar com terceiros informações como o código de verificação e de confirmação do WhatsApp e senha do Facebook Pay. Também é recomendado ativar a confirmação em duas etapas no mensageiro.

No PIX, as informações e dados pessoais são protegidas por sigilo bancário, e o Banco Central afirma que o tratamento dos dados de transações serão criptografados pelas instituições, da mesma forma como acontece com os meios tradicionais de pagamento como TED e DOC.

Fontes: TechTudo, Banco Central do Brasil (12 e 3), Reuters e WhatsApp

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