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No velho normal!

Horário especial implementado para facilitar as compras para o Dia dos Pais urge a reflexão de quebra de paradigmas do comércio de rua.

O Vale do Aço vivencia um momento econômico que não escondeu a expectativa para o Dia dos Pais de 2022. Negócios Já! conversou com Luís Henrique Alves, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços, Aciapi que ressaltou que foi o primeiro dia dos pais sem as medidas protetivas da Covid-19.” Estamos tendo a volta à normalidade e isso tem animado lojistas e consumidores”, comemora Alves.

O líder empresarial nos apresentou pesquisa realizada pela entidade que trazia algumas informações surpreendentes, a saber:

Presentes

Os participantes da pesquisa ainda revelaram os presentes que desejavam comprar para sua figura paterna. As respostas foram as seguintes: roupas (25%), aparelhos eletrônicos (16,7%), perfumes e cosméticos (16,7%), calçados (8,3%) e outros (33,3%). Até aí, tudo bem. Contudo, quando perguntado sobre quem pretende presentar, a maioria respondeu que entregarão os presentes para seus próprios pais (50%), seguido por avô (8,3%), esposo (25%) e outros (25%). Isso demonstra que o modelo tradicional das famílias compostas por pai, mãe e filhos se apresentou em metade dos entrevistados, o que corrobora a tendência de uma formatação que avós assumem a liderança e educação de netos, mães assumem isoladamente a criação e educação dos filhos e casais homoafetivos fazendo o mesmo, entre outras possibilidades.

Local e horário especial

Já o local que pretendiam comprar seu presente do Dia dos Pais, 75% dos consumidores informaram que iriam fazer suas compras em loja física e 25% vão preferir a loja virtual (internet). Esse aspecto demonstrou ainda que, apesar de a pandemia ter forçado o “pular” de etapas para a migração de uma série de atividades presenciais para virtuais, o ato de comprar em loja física possui o apelo de ser, ainda, um ato social.

A pesquisa também aponta que 45,8% aproveitariam o horário especial de funcionamento do comércio, enquanto 54,2% responderam que farão suas compras dentro do horário normal. Nesse indicador, quase metade das pessoas utiloizariam o horário especial para realizar compras e, nesse ponto, é que a discussão sobre o modelo tradicional do comércio de rua tem que ser reavaliado. A maioria das pessoas trabalham durante o dia e não tem condições de realizar suas compras de 8 às 18 horas. O sábado de manhã é, praticamente, o horário alternativo a isso. Contudo, os shopping centers já demonstraram que o consumidor precisa de conveniência para melhor realizar suas compras. 

Empresários x sindicatos

É histórica a falta de entendimento entre os empresários do comércio com o sindicato dos comerciários. O resultado é que não há, nesse aspecto, vencedores. Há décadas não se encontra uma solução para a ampliação definitiva do horário do comércio no período noturno, sábados e domingos. Quem perde? O consumidor. 

E a situação pode piorar.

O apagão de mão de obra não qualificada já é uma realidade. Pessoas interessadas em ingressar em uma carreira de vendas internas tem sido cada vez um número menor. Há queixas de empresários que possuem vagas e não encontram interessados. Explicações pode-se encontrar das mais diversas e começa pela baixa atratividade dos salários oferecidos. Mas, não é somente isso! As condições de trabalho, a falta de perspectiva de crescimento profissional, o menor esforço e esse se traduz na sedução que uma boa parte dos jovens tem pelas atividades virtuais ofertadas pela internet. Isso tornou um novo obstáculo aos departamentos de recursos humanos de lojistas.

Alia-se a isso, a emancipação econômica tardia dos filhos que deixam a casa dos pais em idade mais avançada aproveitando-se, por mais tempo, o suporte financeiro dos pais e a infraestrutura dos filhos.

A solução, para esse impasse, ainda passa longe

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