Siderúrgica Timoteense anuncia adiamento de projetos de investimento.
A Aperam South América, suspendeu novos projetos de investimento no Brasil devido ao excedente de aço importado, principalmente da China, e a queda das vendas na região. Maior produtora de aço inoxidável da América Latina, a empresa não informou quanto deixará de investir, mas estima-se que o valor seja maior do que o programa em execução no país, que atinge R$ 588 milhões.
Semanas atrás, no comentário diário que faço para o Vox Notícia, revista eletrônica diária da VoxFM, 97,1, falei sobre as demissões na Gerdau, do adiamento dos investimentos da Arcelor Mittal e do adiamento de 600 contratações pela Usiminas. São as consequências do alto nível de importação de aço chinês faz com que investimentos sejam adiados ou até cancelados, férias coletivas sejam implementadas, Programas de demissão voluntárias sejam ofertados, contratações sejam suspensas e até áreas inteiras das siderúrgicas sejam paralisadas. Chegou a vez da Aperam colocar o pé no freio. E tudo isso porque o governo brasileiro, na pior das hipóteses, não se manifesta sobre o pedido encabeçado pelo Instituto Aço Brasil, órgão que congrega aas principais siderúrgicas do país, de taxar em até 25% as importações de aço para proteger a indústria nacional.
É importante que um representante do Ministério da Fazenda pelo menos explique o que afetaria as outras áreas da economia se essa taxação fosse, pelo menos, temporariamente imposta.
Somente um lado, o das siderúrgicas chega a opinião pública. É importante que o governo se manifeste antes que mais vozes se juntem aos interessados de forma oportunista, somente para acentuar a polarização política que estamos observando há mais de 4 anos.
Diante disso, a decisão adia a nova fase do ambicioso plano de investimentos iniciado em 2021, que previa o maior desembolso da siderúrgica, que tem sede em Luxemburgo.