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“Apostamos na Usiminas”

Compromisso de longo prazo do grupo Techint é reafirmado em evento de retomada das operações do alto forno 3 nesta semana.

“O Grupo Techint e a Ternium assumiram uma maior responsabilidade na condução da Usiminas. Apesar de olhar com preocupação o cenário atual, também identificamos grande oportunidades para o Brasil e para a Usiminas no contexto mundial. Apostamos na Usiminas”. Esse parágrafo retirado do discurso do presidente do Grupo Techint, o italiano Paolo Rocca, na solenidade que marcou a retomada das operações do alto forno 3 da Usina Intendente Câmara, na tarde da última quarta-feira (24), é o maior gesto de reafirmação de um desejo de parceria com o Brasil, em especial o Vale do Aço, de longo prazo.

Com a presença do governador Romeu Zema, deputados estaduais e federais, prefeitos, empresários, representantes da sociedade civil organizada e imprensa, a siderúrgica deu tom de extrema importância à retomada das operações do alto forno 3 após quase um ano inteiro de obras da reforma. Explica-se pela presença da cúpula do grupo empresarial que incluiu, também, o presidente mundial da Ternium, Maximo Vedoya.

A importância estratégica da operação da Usiminas, a maior do grupo na América Latina, foi repetidamente exaltada tanto pelo presidente da companhia, Marcelo Chara, quanto por Rocca, não é apenas nos discursos. A empresa é a única siderúrgica integrada do grupo (as operações do Rio de Janeiro fornecem apenas placas. No México, tanto Pesqueria quanto Chorobusco são Laminações e galvanização).

Alegria x preocupação

Governador Romeu Zema “cobranças juntos ao MDIC para sobretaxar aço importado”.

Não poderia ter um ambiente melhor que pudesse demonstrar o quanto a felicidade do presidente Paolo Rocca em diversos momentos do evento. A descontração junto ao presidente da Usiminas Marcelo Chara, ao governador Romeu Zema assim como com o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes ficaram registradas nas lentes dos fotógrafos mais atentos. Contudo, os discursos dos três demonstravam a apreensão com a inércia do governo brasileiro diante da invasão do aço chinês e a devastação que isso tem causado na siderurgia brasileira. Todos endossaram o pleito das siderúrgicas em prol da elevação da taxa de importação de 9,6% para 25%. O aço está subtaxado e há a necessidade de elevar a alíquota dos produtos siderúrgicos para que se promova a equidade competitiva com a China. Conforme as palavras de Romeu Zema, o governo mineiro está lutando para que isso seja solucionado e já levou a questão ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Mdic. Também, em sua entrevista coletiva, o CEO da Usiminas, Marcelo Chara, ressaltou que os 100 empregos perdidos pela desativação do alto forno 01 propiciará, por outro lado, que muitos sejam criados na China. “Não queremos subsídios. Queremos equidade”, justificou o executivo. Indagado sobre a permanência das atuais condições de mercado (48% do aço comercializado no país ser estrangeiro) por 6 meses (até um ano), Chara não hesitou em indicar a possibilidade de abafar o alto-forno 2, cuja capacidade de produção é de 600 mil toneladas de ferro-gusa, assim como o alto forno 1, desativado no fim do ano passado e, com isso, mais 100 demissões seriam inevitáveis.

Operações integradas

Alto forno 3 possibilitará a produção de 3milhoes de toneladas de Ferro Gusa.

Uma das atividades da programação do evento de retomada das operações do alto forno 3 foi a visita à usina Intendente Câmara pela a imprensa que, por sua vez, pode conhecer o Centro de Monitoramento Ambiental, setor responsável por vigilância, em tempo real, de toda a operação da siderúrgica assim como a integração do alto forno 3 às etapas antecedentes e sucessoras no processo de produção (a Usiminas entrega produtos acabados na ponta a partir da entrada de matérias primas, passando pela transformação em subprodutos até o acabamento). É importante ressaltar que o Alto-Forno 3 é responsável pela produção de 70% do aço bruto da unidade de Ipatinga. Ele foi inaugurado em 1974, teve sua primeira reforma em 1999 e a atual intervenção vai possibilitar que as operações ocorram por, pelo menos, mais 20 anos.

Os altos fornos são equipamentos que transformam o minério de ferro em ferro-gusa, a uma temperatura de 1.500ºC, em um primeiro passo do processo. Depois o ferro-gusa vai para a aciaria, onde é convertido em chapas de aço. Esse material vai então para a laminação, em que é transformado em aço laminado.

E o apetite é voraz!

Foto aérea das instalações da usina de Nuevo Leon, México.

Contudo, o posto de única usina integrada do grupo Ítalo-Argentino, a Usiminas, em breve terá a companhia da Usina no estado de Nuevo Leon, no México. A Ternium construirá e integrará em sua instalação existente com uma nova usina de placas de aço.

Em fevereiro do ano passado, a siderúrgica havia anunciado planos de investir US$ 2,2 bilhões e que sua unidade de Pesquería, em Nuevo León, no norte do México, era uma opção. O início das obras estava previsto para o fim do ano passado e o das operações previsto para o primeiro semestre de 2026.

A instalação de fornos múltiplos permitirá à Ternium aumentar sua capacidade de produção de aço e atender à forte demanda internacional que, segundo o CEO Máximo Vedoya será o investimento como o maior da história da Ternium. O executivo afirmou, também, que a nova instalação será a siderúrgica mais moderna e sustentável das Américas.

Recomendação de compra de ações da Usiminas

A retomada das operações do alto forno 3, seu upgrade tecnológico e sua eficiência ambiental fizeram com que O JPMorgan elevasse a recomendação para ação da Usiminas (USIM5) de neutro para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo passando de R$ 8,00 para R$ 11,00, o que representa um potencial de alta de 22%. A Usiminas é agora a principal escolha do banco no setor, seguida por Ternium, com recomendação de compra, Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3), ambas com classificação neutra. Com informações do site Infomoney.

 

 

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