Investimentos da Ibi, que incluem anel ótico, tecnologia de ponta e equipamentos de distribuição, ultrapassam R$ 10 milhões.
Em meio à expressividade que os provedores de internet de pequeno e médio portes têm ganhado no Brasil, onde já somam mais de 20 mil e respondem por 50% do mercado de banda larga fixa, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), empresas estão desenvolvendo estratégias com foco em visibilidade e ampliação da participação no setor.
A ibi – Internet brasileira incrível, é um dos exemplos. Em constante processo de inovação, a empresa dá um grande salto e anuncia investimentos acima de R$ 10 milhões na criação de sua rede própria de internet em fibra ótica em Minas Gerais, São Paulo e Rio Janeiro. O anel ótico, que fará a interligação entre os três estados, possui extensão de 2.000 quilômetros. A conclusão das obras de infraestrutura está prevista até o final de 2023.
“Nós não tínhamos anel ótico próprio. Até o final de 2022 nós utilizávamos contratos que chamamos de transporte. Ou seja, a gente contratava uma capacidade de velocidade em circuitos de terceiros. O que não é o link em si, o link é quando conecta você ao mundo”, explica Pedro Figueredo Matias, diretor técnico e operacional da empresa.
Segundo o executivo, uma das metas da Ibi é sempre se atualizar e estar à frente da concorrência por meio da utilização de tecnologias, novas e de ponta. “Elas são necessárias para que a qualidade da prestação do serviço seja a melhor possível. Normalmente, nossos custos são maiores que os dos concorrentes porque a gente preza por investimentos de longo prazo”, diz.
Desde o início da fase de expansão orgânica de fibra ótica, o investimento da Ibi sempre foi direcionado para aquisição de equipamentos que estivessem prontos para poder entregar a melhor tecnologia. “Um equipamento que foi instalado, por exemplo, em 2017, continua atual, pois suporta as novas tecnologias e atende as necessidades, de hoje, do mercado. essa tecnologia de rede interna faz com que os dados escoem da nossa região, Leste de Minas, para o restante do mundo”, ressalta Matias. Para a comunicação entre as estações estão sendo implantados equipamentos da marca Nokia que possibilitarão trafegar dados em alta velocidade.
De acordo com o diretor, a capacidade inicial do anel ótico é de 200 gigabit por segundo, mas a meta é dobrar para 400 giga, alcançando até 6 tera por segundo, no futuro, dentro do processo de expansão gradual. “Nossos equipamentos de distribuição estão a um passo à frente da concorrência”. Pedro Matias salienta que a rede de fibra ótica da Ibi tem uma extensão total de 3 mil quilômetros de cabos nas cidades atendidas pela provedora no Leste Mineiro, é o caso do Vale do Aço e Governador Valadares, onde fica a sede da empresa. Somente desta última cidade até Belo Horizonte são mais de 500 km. Já de BH a SP mais 550 km, de SP ao Rio cerca de 600 e do Rio a BH também quase 600 quilômetros.
“Nesses casos, os cabos nem sempre são nossos. Fazemos parcerias para utilizar fibras em cabos de outras operadoras. É o chamado contrato de swap, que é o compartilhamento de fibra. A gente utiliza a fibra do cabo deles e entregamos para eles parte da capacidade e vice e versa”, afirma Pedro Matias.