Anunciado esta semana pelo Banco Central (BC) a moeda digital oficial do Brasil se chamará Drex. Segundo o BC, ele terá equivalência ao dinheiro em circulação e semelhanças com o Pix. O nome evoca as palavras “digital”, “real”, “eletrônico” e “transação”. Segundo o coordenador da iniciativa no Banco Central, Fabio Araújo, a nova moeda digital dará “um passo a mais na família do Pix”.
Ao contrário do que possa parecer, o Drex é diferente das criptomoedas, como o Bitcoin, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade. Pelas normas do BC, cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pela autoridade monetária nacional, enquanto as criptomoedas não têm qualquer garantia oficial.
Moeda de atacado, não de varejo, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.
Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.