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Assim como em Minas, vários políticos tradicionais são “aposentados” Brasil afora

O fim do primeiro turno das eleições de 2022 também parece ter sido o fim da carreira política de vários figurões estaduais e nacionais. Com o fechamento das urnas e apuração dos votos, nomes como o senador Álvaro Dias do Paraná, o ex-presidente Fernando Collor de Melo, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-ministro e candidato, por duas vezes, à presidência e atualmente senador, José Serra, serem, pelo menos nos próximos dois anos, “aposentados” pelos eleitores. Em Minas, o nome mais graúdo dessa lista é do ex-ministro dos governos Lula e Dilma (2003 a 2014) e ex-governador (2015-2019) Fernando Pimentel.

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Fernando Collor ficou em terceiro lugar na eleição para o governo de Alagoas. Com o mandato se encerrando em 2023, voltará a ser um cidadão comum. Um dos senadores mais longevos do Congresso, Alvaro Dias (Podemos) teve um desempenho aquém do esperado e amargou um terceiro lugar em sua tentativa de reeleição, com 23%. Além disso, viu a eleição de Sergio Moro (União), a quem já apadrinhou na política. Outra figura carimbada que deixará o Senado é Kátia Abreu (PP-TO), que sofreu uma dura derrota para Professora Dorinha (União)

Outro político também detentor de uma longa carreira parlamentar, o senador José Serra (PSDB-SP) pode ter encerrado o seu ciclo em janeiro de 2023. Aos 80 anos, em fim de mandato no Senado, tentou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não foi eleito. A Câmara também deixará de ter parlamentares de longa data. Só em São Paulo, quadros como Paulinho da Força (SD), Orlando Silva (PCdoB) e Ivan Valente (PSOL) não conseguiram renovar seus mandatos. Em Minas Gerais, Fábio Ramalho, que já foi vice-presidente da Casa, também não saiu vitorioso.

Tentativas frustradas de retorno
Protagonista no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) obteve apenas 5 mil votos na eleição para deputado federal em São Paulo e passou longe de retornar à Casa que já comandou.

Em Minas, o ex-governador Fernando Pimentel (PT) teve apenas 37 mil votos na eleição à Câmara dos Deputados e não se elegeu. O resultado confirma a trajetória descendente do político, que em 2018 foi terceiro colocado quando tentou se reeleger ao governo do estado.

Outro nome de peso das últimas décadas da política, o ex-senador Romero Jucá (MDB) foi derrotado pela segunda vez seguida ao tentar retornar à Casa. Depois de não ter sido reeleito em 2018, sofreu novo revés em 2022, desta vez para Hiran Gonçalves (PP). Em Goiás, Marconi Perillo, que governou o estado por 14 anos, também sofreu a segunda derrota consecutiva para o Senado. Outros ex-senadores que fracassaram na tentativa de voltar à cena política foram Delcídio do Amaral (PTB-MS), Roberto Requião (PT-PR), Ana Amélia (PSD-RS) e Lasier Martins (Podemos-RS).

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