O presidente em exercício da FIEMG, Luciano José de Araújo, elogiou a decisão do Copom de reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa Selic, o que favorece o ambiente de negócios no país. O industrial, que é do Vale do Aço, alertou, no entanto, para a necessidade da reforma da Previdência para ajustar as contas da União e dos estados para não prejudicar a retomada econômica e dos empregos.
Leia abaixo a íntegra da nota.
Posição da FIEMG
A redução de 0,25 p.p. na taxa de juros básica é positiva. O movimento de queda é benéfico ao país. Em outubro de 2016, a Selic era de 14,25% ao ano. Juros menores favorecem o ambiente de negócios no Brasil, que ainda tem uma longa agenda para alcançar os padrões internacionais.
É preciso seguir neste caminho, principalmente em um ano eleitoral, como 2018. A pauta de reformas fiscais não deve ser paralisada em virtude das eleições. Hoje, a receita governamental está fortemente comprometida com gastos obrigatórios, deixando pouco espaço para investimentos públicos.
Sem a reforma da Previdência, em alguns anos as contas dos estados e da União entrarão em colapso e as taxas de juros voltarão a crescer, mais uma vez, prejudicando a retomada da atividade econômica e dos empregos. É de extrema importância votar a reforma da Previdência no menor tempo possível.
Os EUA aprovaram recentemente um agudo corte de impostos para os setores produtivos, o que afeta diretamente o Brasil. A concorrência internacional por atração de investimentos é cada vez mais acirrada e vamos perdendo essa batalha com um sistema tributário complexo e oneroso como o brasileiro.
Ao mesmo tempo em que observamos a atividade econômica melhorar, ainda que de forma tímida, depois de dois anos de forte recessão, a incerteza tem crescido. Se não agirmos de forma contundente em prol da capacidade de competição com concorrentes internacionais, o Brasil seguirá comprometendo seu futuro do país. Mais um corte da taxa Selic é louvável. O Banco Central deu mais um passo positivo para a atividade industrial e para os demais setores nacionais.