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Usiminas fecha 2023 com lucro de R$ 1,6 bilhão

Depois de reverter um prejuízo no quarto trimestre, a Usiminas fechou o ano de 2023 com um lucro de R$ 1,6 bilhão. O número, apesar de expressivo, foi entretanto 22% menor que o registrado em 2022, que foi de R$ 2 bilhões. Segundo os dados divulgados pela siderúrgica, foram vendidos no ano passado 4 milhões de toneladas de ação – uma queda de 4% – o que possibilitou um faturamento de R$ 27,6 bilhões, redução de 15%. “Olhando o ano como um todo, tivemos um ano desafiador por conta da reforma do alto-forno 3 e pela invasão do aço chinês. Estamos trabalhando para avançar na nossa produtividade, mas vemos com preocupação a competição desleal com venda abaixo do valor de custo” afirmou o presidente Marcelo Chara.

Chara lembrou que em 2023, a Usiminas realizou o maior investimento desde 2010, chegando a R$ 3 bilhões. A empresa concluiu em novembro a reforma do alto forno 3, que tem capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de ferro gusa. O aporte total no projeto foi R$ 2,7 bilhões e foram gerados 9 mil empregos durante a fase da obra. “A entrada em operação do Alto-forno aumenta a competitividade da Usiminas, melhorando a eficiência de consumo de combustíveis e de custos. Continuamos focados na transformação da Usiminas e na excelência industrial”, comentou. Para o ano de 2024, a empresa projeta investimentos entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão.

O executivo da Usiminas lembrou ainda que, por conta da concorrência desleal com a importação de aço chinês, a Usiminas desligou o alto-forno 1, reduzindo em 600 mil toneladas por ano a sua capacidade produtiva. Com os altos-fornos 2 e 3, a empresa totaliza 3,6 milhões de toneladas de ferro gusa. “A situação atual do mercado brasileiro nos impede de produzir na capacidade total. A importação representa hoje 20% do total de aço consumido no país”, comentou.

Mineração

Outro setor considerado relevante pela Usiminas, a mineração, aumentou em 4,8% o volume de venda de minério de ferro e atingiu o recorde de 9,1 milhões de toneladas vendidas em 2023. A receita da unidade atingiu R$ 3,5 bilhões, uma queda de 2,4% em comparação à 2022. Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização somou R$ 1 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão do mesmo período do ano anterior. “O resultado da mineração foi impactado por fatores como valorização do Real frente ao Dólar e do preço do minério. Mas conseguimos compensar com um maior volume de venda, principalmente com a exportação”, comentou Chara.

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