O mundo da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), chegou ao Ipatinga Futebol Clube. Com dívidas de R$ 40 milhões e mais de 100 processos trabalhistas, o clube do Vale do Aço, que um dia disputou a Série A da era dos pontos corridos e é a única agremiação esportiva do interior campeão estadual em um certame com a participação dos chamados “grandes” da capital – Atlético, Cruzeiro e América -; poderá finalmente, ainda que a médio e longo prazo, se livrar dos problemas que o deixarão, nos dias atuais, sem o direito de participar de qualquer divisão do futebol brasileiro.
Antes de bater o martelo, o clube recebeu outras duas propostas, uma delas de um fundo de investimento de Dubai, que não avançou e de um grupo de empresários da região. Segundo Nicanor, entre as exigências feitas aos “futuros donos”, eles terão de assumir o pagamento integral da folha salarial, das despesas correntes e o valor a ser pago para o registro da SAF na CBF.
Segundo o presidente Nicanor Pires a SAF do Tigre foi vendida para um grupo empresarial de Belo Horizonte, a Lopes & Resende Compliance e Marketing Esportivo que se comprometeu a colocar cerca de R$ 84 milhões nos próximos 20 anos para o pagamento das dívidas e para realizar melhorias de infraestrutura. Neste primeiro, serão injetados R$ 720 mil.