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HEADER – DESTAQUES VALE DO AÇO – BNDF

Contra a corrente!

Cooperativas do Sistema Bancoob, após liberação do Banco Central, multiplicam número de agências físicas em detrimento às “fintechs” e a virtualização das agências de bancos tradicionais. 

Nadando contra a corrente, só pra exercitar. Todo músculo que sente, me dê de presente um Bis! – esse trecho da música de Cazuza(1958-1990), Pro Dia Nascer Feliz de 1982, traduz o que está acontecendo no sistema BancooB, união das cooperativas financeiras que operam no território nacional e atuam, de forma similar, aos bancos tradicionais.

Três cooperativas que, de certa forma, tiveram seu ponta pé inicial no Vale do Aço, foram a Sicoob Vale do Aço, Sicoob Cosmipa e a Sicoob Credicom, uma advinda da Coopeco, Cooperativa de crédito dos empregados da Usiminas e coligadas, outra a partir da Cosmipa, cooperativa de crédito dos servidores municipais de Ipatinga e a Unicred, cooperativa financeira dos médicos cooperados da Unimed Vale do Aço.

Vale do Aço

O Sicoob Vale do Aço tem alçado voos cada vez mais altos. Além de estar presente nos quatro cantos do Vale do Aço com agências em Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso e em algumas cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço, está presente em Belo Horizonte com duas agências(Anchieta e Pampulha) e na Região Metropolitana (Lagoa Santa e Vespasiano).

Cosmipa

Com 40 anos de fundação (e no mês de aniversário dos seus 41) a Cosmipa abriga servidores Públicos e trabalhadores da rede de ensino da região e colar metropolitano do vale. Está presente com agências próximas às prefeituras assim como em alguns bairros de Ipatinga. Possui mais de 13 mil cooperados que incluem servidores e familiares das três esferas (município, estado e União).

Credicom

Criado em 1992, o Sicoob Credicom se tornou a maior cooperativa financeira da área da saúde do Brasil e a maior cooperativa financeira de Minas Gerais.  A instituição possui operações em todo território nacional, sendo 38 agências e pontos de atendimentos em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia. Além disso, vale destacar que, este ano, a Credicom iniciou a expansão de atendimento para o segmento de Agronegócio. No Vale do Aço, possui unidades em Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano.

Novas instalações

Para atender melhor o aumento de fluxo de novos cooperados na região e a parceria que a cooperativa possui com toda área médica local, desde hospitais, clínicas e planos de saúde, se fez necessário.

a migração da agência de Ipatinga para uma estrutura mais ampla e moderna na Avenida Castelo Branco, no prédio comercial onde funcionava a agência do Banco Itaú Unibanco (para os mais antigos, a do Banco Nacional). A inauguração está prevista para a primeira quinzena de dezembro. “Nosso número de cooperados vem crescendo muito, juntamente com nossos resultados. Estamos migrando a agência de Ipatinga para uma melhor localização, com o dobro de espaço físico, garantindo um atendimento mais próximo e gerando mais conforto para nossos cooperados da região.” Afirma o Superintendente de Relacionamento e Negócios da Credicom, Ericke Perim.

Forasteiros

Mas, não são somente as duas cooperativas que vão buscar novas oportunidades abrindo agências em outros municípios. O Caminho inverso também acontece. Já temos aqui no Vale do Aço a Sicoob Credicooper, ligada aos produtores rurais de Caratinga, Sicoob Credicope, ligada a produtores rurais de Resplendor, Sicoob Copesita, originada a partir dos empregados da antiga Acesita, hoje Aperam.

Para 2023, todas tem planos ousados de expansão.

Enquanto isso…

A chegada das “Fintechs” (bancos e financeiras digitais – sem agências físicas) nos últimos anos alterou o tradicional sistema bancário monopolizado, praticamente, por 05 bancos (Bradesco, Itaú, Santander e os públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil).  Ícones desse movimento são o Nu Bank, Banco Inter e C6 Bank que obrigaram os bancos tradicionais entrarem nesse mercado com uma segunda marca, caso do Itaú com o Iti e o Bradesco com o Next.

Sem agências físicas, as fintechs (palavra fintech é uma abreviação para financial technology – tecnologia financeira, em português) podem oferecer as mais diversas soluções, como cartão de crédito, conta digital, cartão de débito, empréstimos, seguros, entre outros. Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

Mesmo os bancos tradicionais têm reduzido fortemente as suas agências físicas e “empurrado” os seus clientes para a utilização, cada vez mais, dos seus serviços digitais, reduzindo pessoal e caixas eletrônicos. Quem for a agência do Bradesco no bairro Horto, em Ipatinga, poderá observar muitas máquinas desativadas e movimento bem mais reduzido.

Por quê as cooperativas vão contra a corrente?

Não bem assim. As agências estão se tornando mais espaços para negócios, venda de produtos financeiros que a prestação de serviços tradicionais realizados na boca do caixa como saques e depósitos. Há pouco mais de dois anos, o Sicoob Vale do Aço inaugurou, no Horto, ao lado da agência principal, um “Espaço Empresarial” voltado para atendimento a pessoas jurídicas.

Por outro lado, o investimento em agências físicas encontra no público da terceira idade um cliente que busca a interatividade, relações mais tangentes. Contudo, os demais clientes optam para o atendimento personalizado voltado a orientação de investimentos, consórcios e previdência privada. No médio prazo, esses espaços deixarão de ter caixas e cada vez mais mesas de atendimento. A aposta na expansão das agências físicas vai na cronologia de que as cooperativas estão na etapa do ciclo de vida que os grandes bancos já passaram há pelo menos duas décadas.

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