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Brasil quer gatilho para elevar venda de aço

A indústria siderúrgica brasileira ainda espera reverter, pelo menos parcialmente, a decisão do governo dos EUA de impor cotas às exportações de aço do Brasil ao país. O setor trabalha com a possibilidade de inclusão de um mecanismo semelhante a uma salvaguarda que permita às empresas extrapolar os percentuais de embarque aos EUA definidos na medida de proteção, quando a demanda das siderúrgicas americanas se mostrar mais aquecida que o previsto.

O monitoramento desse mecanismo de ajuste das cotas seria feito em conjunto pelos dois países, informou Alexandre Lyra, presidente da siderúrgica Vallourec no Brasil (grande produtora e exportadora de tubos de aço) e do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, entidade que reúne os fabricantes na atividade. “Esperamos que a menção a esses ajustes finos, para que a cota seja elevada se a indústria americana precisar consumir mais aço do Brasil, seja feita no decreto do presidente Trump”, afirmou o executivo.

Resta aguardar a publicação do novo decreto, nas próximas semanas. A política de proteção às usinas siderúrgicas americanas, por meio da sobretaxação de 25% das compras de aço e alumínio de vários países ou do sistema de cotas, afetará, segundo estimativa já divulgada pelas empresas brasileiras, cerca de um terço das exportações totais de produtos siderúrgicos do Brasil, que, no ano passado, somaram US$ 8 bilhões.

O governo e o Instituto Aço Brasil argumentam que 80% dos embarques são de semiacabados de aço, portanto não ameaçariam as usinas americanas. É material que os importadores usam para transformar em produtos finais de consumo. Os volumes excedentes de aço no mundo, estimados em 750 milhões de toneladas, quase 22 vezes o volume fabricado por ano no Brasil, desafiam as empresas a buscar novos mercados para compensar a perdas de parcela das exportações aos EUA.

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