Puxado pela agricultura, Produto Interno Bruto fecha ano em R$ 6,6 trilhões
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,0% em 2017, chegando a R$ 6,6 trilhões. Os dados, divulgados hoje pelo IBGE, mostram que o resultado foi devido à expansão de 0,9% do valor adicionado a preços básicos (composto pelas atividades de agropecuária, indústria e serviços) e à alta de 1,3% no volume dos impostos sobre produtos. A taxa de poupança no ano teve a primeira recuperação desde 2013.
Entre as atividades, a agropecuária teve o maior crescimento no ano, 13,0%, principalmente devido à Agricultura, com destaque para a expansão nas produções nacionais de milho (55,2%) e soja (19,4%). “Apesar do peso relativo menor, a safra recorde representou a principal contribuição para o resultado positivo do PIB no ano”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Os serviços, que detêm o maior peso na composição do PIB, tiveram variação positiva de 0,3%, influenciados pelo crescimento do Comércio (1,8%) e das Atividades Imobiliárias (1,1%). Apesar da Indústria, em geral, ter permanecido estável na passagem de 2016 para 2017, os destaques positivos foram as Indústrias extrativas (4,3%) e de transformação (1,8%).
O volume dos impostos sobre produtos e serviços, em especial o ICMS, o IPI e o imposto de importação, contribuiu com R$ 991,4 bilhões para o crescimento do PIB no ano. “É importante ressaltar que se trata dos impostos sobre a produção e a circulação de mercadorias e serviços. O aumento no volume reflete o aumento na produção no ano, como pudemos verificar nas indústrias extrativas e de transformação, além da própria Agropecuária. Esses impostos fazem parte do preço final dos produtos e serviços que compõem o consumo das famílias”, conclui a coordenadora de Contas Nacionais.
Taxa de poupança tem primeira alta desde 2013
A taxa de poupança no ano apresentou recuperação, passando de 13,9% em 2016 para 14,8% em 2017, a primeira alta registrada desde 2013. Já a taxa de investimento no ano foi de 15,6% do PIB, abaixo do registrado no ano anterior (16,1%), mantendo a tendência de queda observada no período 2013-2016.