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Bolsonaro demite Santos Cruz

São Paulo — O general Carlos Alberto Santos Cruz deixará o ministério da Secretaria de Governo da Presidência da República do governo de Jair Bolsonaro. O presidente comunicou a demissão ao general em almoço nesta quinta-feira (13) no Palácio do Planalto, antes de Bolsonaro viajar a Belém, no Pará, onde cumpre agenda.

Estavam presentes no encontro o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

Bolsonaro avalia três nomes para substituí-lo na função. Um dos cotados é o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, atual chefe do Comando Militar do Sudeste, que é próximo ao presidente.

A demissão de Santos Cruz foi atribuída ao “desalinhamento” com o presidente em questões como comunicação e a centralização de poder na sua pasta. Santos Cruz vinha acumulando desgastes desde que reagiu às críticas de Olavo, a quem atribuiu uma “personalidade histérica”.

Bolsonaro, porém, em nenhum momento saiu em defesa do seu ministro e chegou a condecorar Olavo com a Ordem Nacional de Rio Branco em meio à polêmica. A atitude incomodou a ala militar do governo.

Na Esplanada dos Ministérios, contudo, o ministro era visto como o braço direito, conselheiro e figura indispensável a Bolsonaro. “O gabinete do presidente é logo aqui embaixo, eu desço a escada e já estou dentro dele, a facilidade de eu furar a fila é grande”, disse o ministro em uma entrevista exclusiva a EXAME em abril.

Na segunda-feira (10), o ministro saiu em defesa de Sergio Moro afirmando que o fato de o celular ter sido invadido por hackers “demonstra a ousadia do crime e não pode ser admitido”.

Na terça-feira (11), o ministro foi condecorado pelo presidente Bolsonaro com a Ordem do Mérito Naval junto com outros 11 ministros. O ministro Santos Cruz é a terceira baixa ministerial do governo Bolsonaro, que perdeu Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) em fevereiro e Ricardo Vélez (Educação) em abril.

Fonte: Exame

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