A estrutura física do INSS em todo Brasil está sendo sucateada. É a conclusão a qual chegaram os presentes em uma reunião que contou com a presença do presidente da Comissão do Trabalho, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas, o deputado Celinho do Sinttrocel, e do gerente Executivo da Superintendência Sudeste do INSS, Ricardo Orlando Sales.
A reunião ocorreu na última semana, na Câmara Municipal de Coronel Fabriciano. O deputado afirma que o sistema do INSS está migrando para o digital, mas a mudança não justifica o comprometimento dos atendimentos presenciais nas agências, que, segundo Sales, estão funcionando de maneira precária em todo o país.
O gerente do INSS informou que, atualmente, existem mais de 6 mil processos parados nas agências do Vale do Aço. Esse número expressivo se dá graças à redução no quadro de funcionários nos últimos 9 anos, em que ocorreram 30 demissões sem reposição. “Existe hoje um déficit de 16 mil funcionários no órgão, que não tem contratação há 3 anos e, aqui no Vale do Aço, a falta de admissão de pessoal já ocorre há nove anos” revelou o gerente do INSS.
Na audiência foi solicitado ao representante do INSS, Ricardo Sales, que leve à Superintendência Sudeste uma manifestação por escrito, que mostre sua preocupação com remoção dos peritos de Fabriciano. O deputado solicitou, ainda, a adoção de medidas que agilizem a análise dos processos represados e a melhora no atendimento nas agências. Ricardo Sales propôs, ao fim da reunião, a realização de um mutirão para zerar análise desses processos represados a partir de 1º de junho e afirmou que irá fazer a solicitação imediata de funcionários do órgão que desejam ser transferidos para o Vale do Aço, para reposição de quadros nas agências locais. Ele ainda se comprometeu a agilizar a realização de parcerias com entidades civis por meio dos Acordos de Cooperação Técnica, para melhorar o atendimento protocolar de documentos.