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Uber estréia na Bolsa de NY. Foi bom?

Uber estreou na bolsa de valores: o que você precisa saber sobre o IPO

A Uber abriu capital e passou a integrar a bolsa de valores de Nova York nesta sexta-feira (10). Suas ações foram precificadas em 45 dólares a unidade – quase o mínimo do previsto de 44 a 50 dólares por ação.

Com este valor, a estimativa é que a empresa levante 8,1 bilhões de dólares e alcance o valor de mercado de 82,4 bilhões de dólares.

Apesar de não atingir o valuation de 120 bilhões de dólares previsto por Wall Street no ano passado, a abertura de capital da Uber está no top 3 do ranking das empresas de tecnologia.

A primeira colocada é o Alibaba, gigante chinesa do varejo que levantou 21,8 bilhões de dólares. O segundo lugar pertence ao Facebook, que arrecadou 16 bilhões de dólares com a venda de ações em 2012.

A Uber foi pioneira em oferecer corridas por aplicativos com profissionais autônomos – e agora pode ser uma das primeiras empresas a oferecer corridas com carros autônomos, sem motoristas.

A Uber Advanced Tecnologies (Uber ATG) é um dos braços de atuação da companhia, mas que não participou do IPO. Apenas a Uber ATG possui o valuation de 7,25 bilhões de dólares após receber investimento de 1 bilhão de dólares da Softbank no mês passado.

Além dos carros autônomos, a Uber também aposta no delivery de comida, com o “Uber Eats”. A vertical está disponível no Brasil, no qual entregadores podem utilizar bicicletas, motocicletas ou automóveis.

Cada entrega do Uber Eats também conta como uma viagem realizada pela empresa, que soma 5,2 bilhões de percursos realizados em 2018.

Outros dois serviços que a empresa oferece ainda não estão disponíveis no Brasil: corridas com bicicletas (através da Jump, empresa que adquiriu) e o transporte de cargas com o Uber Freight.

Mas, apesar de todas as áreas em que a atua, a Uber ainda não é uma empresa lucrativa – e pode não se tornar tão cedo.

No registro para IPO, a empresa lista o prejuízo de 3 bilhões de dólares em 2018 e o déficit acumulado de 7,9 bilhões de dólares.

Esses “detalhes” podem mudar a visão de possíveis investidores, que podem não estar dispostos a esperar tanto pelo retorno de seus investimentos.

No entanto, a falta de lucratividade parece ser algo comum neste mercado. A Lyft, concorrente da Uber nos EUA, também abriu capital sem ter um modelo de negócios que dê lucro até hoje.

E pode ter sido justamente a experiência da Lyft que fez a Uber precificar suas ações abaixo do esperado.

A concorrente da Uber começou a negociar suas ações no final de março e elas estão em baixa desde então, com queda de aproximadamente 30 por cento, principalmente após a divulgação de seus resultados financeiros.

Outra polêmica compartilhada com ambas as empresas é o descontentamento dos motoristas autônomos. Na quarta-feira (8), motoristas da Uber de diversos locais do mundo fizeram uma paralisação para protestar a favor de melhores remunerações e condições de trabalho.

Desde sua fundação, em 2009, governos e profissionais discordam sobre como deve ser a relação de trabalho (se há vínculo empregatício, por exemplo) e a legalidade da plataforma.

Em Nova York, os motoristas passarão a receber salário mínimo. No Brasil, os aplicativos de corrida foram legalizados pelo STF também na quarta-feira e os motoristas poderão contribuir no INSS.

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