A Gerdau concluiu o exercício de 2018 com R$ 46,2 bilhões de receita líquida, 25% a mais sobre o ano anterior, impulsionada pelo maior volume de vendas no mercado interno brasileiro, melhora da rentabilidade das exportações e efeito positivo do câmbio na conversão das receitas geradas no exterior para real. As vendas físicas de aço foram de 14,6 milhões de toneladas no ano, apresentando 3% de redução, devido à venda de algumas unidades produtoras de vergalhões e fio-máquina nos Estados Unidos, assim como das operações no Chile e na Índia. Os desinvestimentos da Gerdau também influenciaram os volumes de produção no período, que foram de 15,3 milhões de toneladas, uma diminuição de 5% perante o exercício anterior.
O EBITDA – geração de caixa operacional – apresentou evolução expressiva em 2018, de 54%, atingindo R$ 6,7 bilhões. Já as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) representaram 3,6% da receita líquida em 2018 contra 4,5% em 2017, atingindo o melhor percentual histórico. O lucro líquido ajustado, por sua vez, foi mais de quatro vezes superior ao ano de 2017, chegando a R$ 2,5 bilhões.
“Encerramos o ano de 2018 com a conclusão bem-sucedida do plano de desinvestimentos da Gerdau – alcançando mais de R$ 7 bilhões nos últimos quatro anos -, reduzimos de forma expressiva nosso endividamento, para 1,7x o EBITDA, e geramos o maior volume de fluxo de caixa livre dos últimos anos, de R$ 2,6 bilhões. (…)alcançamos o melhor resultado da Gerdau dos últimos dez anos e remuneramos o capital investido por nossos acionistas em patamares superiores frente aos últimos exercícios (…)frente a isso, vamos investir R$ 7,1 bilhões nos próximos três anos, valor que poderá ser ajustado de acordo com a evolução de mercado”, afirma o diretor-presidente (CEO), Gustavo Werneck.
O quarto trimestre de 2018, mesmo com a redução dos preços internacionais do aço, foi o melhor dos últimos dez anos na comparação com os mesmos períodos de anos anteriores. A receita líquida de vendas evoluiu 11%, chegando a R$ 10,9 bilhões, ao passo que o EBITDA alcançou R$ 1,4 bilhão, 19% superior frente ao quarto trimestre de 2017. Nos últimos três meses de 2018, o lucro líquido ajustado foi de R$ 312 milhões, uma evolução de 19% em relação ao quarto trimestre de 2017.
Em relação à rentabilidade das operações no ano 2018, o destaque foi a operação Brasil. Nos 12 meses do ano, a operação Brasil (exclui usinas de aços especiais) alcançou 19,3% de margem EBITDA (relação entre receita líquida e EBITDA) contra 15,3% em 2017.
Investimentos alcançam R$ 1,2 bilhão em 2018
A Gerdau investiu R$ 1,2 bilhão em ativo imobilizado (CAPEX), em linha com o anunciado no início do ano de 2018. Desse total, R$ 560 milhões foram destinados para o Brasil, R$ 388 milhões para América do Norte, R$ 194 milhões para a Operações Aços Especiais (inclui usinas no Brasil e Estados Unidos) e R$ 53 milhões para os demais países da América Latina (exclui Brasil).
A partir desse ano, a Gerdau passa a divulgar seu programa de investimentos (CAPEX) para o período de três anos (2019-2021), como evolução do processo de governança da empresa. Os investimentos totalizam R$ 7,1 bilhões e passam a ser classificados em três categorias: manutenção geral, manutenção na usina de Ouro Branco (MG) – maior usina da Gerdau -, e expansão e atualização tecnológica.
Os principais destaques de investimentos de expansão são o aumento da capacidade instalada de laminados de 530 mil toneladas em diversas usinas na América do Norte (R$ 456 milhões), a ampliação da capacidade de produção de aços especiais em Pindamonhangaba (SP) e Monroe (EUA) no total de R$ 798 milhões e o incremento da produção de bobinas a quente em Ouro Branco (MG) em 230 mil toneladas (R$ 380 milhões). Também serão realizados investimentos na área de mineração, buscando as melhores tecnologias existentes no mundo em meio ambiente e segurança operacional.