O Grupo Pão de Açúcar virou uma página da desconfiança do mercado quando publicou na semana passada os números de julho a setembro – especificamente em relação à capacidade de vender sem destruir margem de lucro. Agora vai tentar manter esse desempenho. Para as próximas datas festivas e promoções como Black Friday, no fim de novembro, e Natal, o GPA aumentou estoques. A companhia tem hoje quase R$ 1 bilhão a mais em produtos do que um ano atrás (são R$ 5,5 bilhões, no total). Parte disso, relativo à Black Friday, já foi distribuído às lojas para que elas possam se “armar” melhor para novembro.
Para manter o desempenho positivo, o grupo antecipou o planejamento de ações de fim de ano, mudou promoções que pareciam não ir tão bem e deve ser mais agressivo em preços para não perder volume de vendas. O GPA opera oito marcas: Pão de Açúcar, Minuto Pão de Açúcar, Mercado Extra, Mini Extra, Hiper Extra, Super Extra, Compre Bem e Assaí.
O GPA informou na sexta-feira que 187 supermercados Extra podem virar lojas do Compre Bem ou Mercado Extra, em busca de uma solução para lojas que não avançam como o esperado. Esse projeto de conversões ainda está em teste.
Aumento no número de lojas também deve ajudar a ampliar as vendas totais. Serão abertas mais 11 Assaí, 12 Compre Bem, 13 Mercado Extra de outubro a dezembro. Nesse período, em geral, o varejo evita muitas inaugurações devido à complexidade em se deixar lojas prontas para o Natal.
O grupo também voltou a fazer promoções nos supermercados Pão de Açúcar envolvendo distribuição de selinhos e prêmios. Começou, semanas atrás, a distribuir refratários para clientes que preenchem uma tabela com os selinhos. A ação anterior que distribuía bichinhos de pelúcia não animou tanto o consumidor como a atual, apurou o Valor.
O lucro líquido (dos controladores) do GPA subiu 250% no terceiro trimestre. As vendas líquidas cresceram 12,4%, para R$ 123 bilhões. As margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) e bruta subiram (como no Assaí) ou mantiveram-se estáveis. Nos supermercados e hipermercados, após trimestres de queda, estabilizaram-se.
(Fonte: Valor Econômico)