O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás na implementação das cotas de exportação dos países que aderiram a essa sistemática no âmbito da Seção232. Ou seja, agora as empresas que comprovarem ausência de suprimentos de matéria primas para suas operações (via de regra, placas que eram adquiridas de siderúrgicas de outros países) poderão ultrapassar a cota de 25% estabelecida pelo governo americano em junho desse ano.
Entenda
O presidente dos EUA, Donald Trump baixou ontem (29/08) nova proclamação, flexibilizando as regras para a implementação das cotas de exportação dos países que aderiram a essa sistemática no âmbito da Seção 232. A medida beneficia diretamente Brasil, Argentina e Coréia do Sul.
O governo brasileiro – através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC, MRE e embaixada brasileira – está analisando os detalhes dessa proclamação. Em princípio, o Instituto Aço Brasil, entidade que congrega todos os produtores de aço do país, em nota, entende que a proclamação vai na direção daquilo que vinha sendo pleiteado pelo setor, que é a transformação do sistema de hard quotas para soft quotas, o que significa dizer que após o atingimento do limite da cota, as exportações poderiam ser mantidas com a tarifa de 25%.
Sobre a seção 232:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou oficialmente, em 08/03, a decisão de estabelecer alíquota de importação de 25% para o aço. Esta decisão foi tomada no âmbito da Seção 232 sob o argumento de que as importações de aço constituem ameaça à segurança dos EUA.
Esta foi uma medida extrema tomada unilateralmente pelos Estados Unidos para proteger sua indústria siderúrgica e seus trabalhadores diante da ameaça do excesso de capacidade de produção de aço no mundo, superior a 500 milhões de toneladas.”