A Coca-Cola ameaça interromper sua produção na Zona Franca de Manaus se o presidente Michel Temer não baixar medidas devolvendo ao setor os benefícios que desfrutavam antes da greve dos caminhoneiros. Em junho o assunto já tinha sido levado ao Planalto pela Associação Brasileira das Indústria de Refrigerantes (Abir).
A entidade representa 59 indústrias de refrigerantes, entre elas as gigantes Coca-Cola, Ambevi e Pepsi. Elas ameaçam cortar 15 mil empregos diretos porque prevem uma retração de R$ 6 bilhões por ano nas vendas caso Temer não volte atrás.
A Coca-Cola disse que pode levar sua produção a alguma fábrica em país com incentivos fiscais, a Colômbia, por exemplo. Os engarrafadores brasileiros passariam então a importar o concentrado da Coca-Cola e haveria um aumento de 8% no preço do refrigerante ao consumidor final.
Para o governo a Coca-Cola passaria a pagar todos os impostos, até mesmo o de importação, prejudicando sua operação no mercado em favor da Ambev (guaraná) e da Pepsi.