A dívida do estado com o Hospital Dr. José Maria Morais, em Coronel Fabriciano, já ultrapassa os R$ 8 milhões. Mensalmente, o estado deveria repassar R$ 1,038 milhão para custeio. Mas desde julho de 2017, o município não recebe a verba conforme pactuado e usa recursos próprios para manter pagamentos de funcionários e fornecedores. Por enquanto, o hospital continua a atender pacientes de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).
A gestão do hospital é tripartide: Prefeitura, União e Estado. Sem o repasse de responsabilidade do Estado, a Prefeitura tem que arcar quase integralmente R$ 1,8 milhão por mês para garantir o pagamento de médicos, enfermeiros, serviços de limpeza, equipamentos, medicação, entre outros custeios.
Desde quinta-feira, 1º de agosto, pacientes não urgentes, classificados como verde conforme Protocolo de Manchester, serão orientados a procurar a unidade básica de saúde de referência. No Hospital, serão atendidos aqueles classificados como amarelo, laranja e vermelho, considerados urgência e emergência. A agenda de cirurgias eletivas, por enquanto esta mantida.
Por mês, o HJMM realiza 19 mil procedimentos entre consultas, diagnósticos, exames complementares e cirurgias, sendo 2,5 mil atendimentos hospitalares e 280 internações. O hospital possui 60 leitos, sendo 10 de UTI e 30 de clínica médica, 14 leitos destinados a cirurgias eletivas e seis para pediatria. O Hospital José Maria de Morais é referência em baixa-média complexidade para Coronel Fabriciano e, no ano passado, atendeu pacientes de outros 23 municípios.
O atraso de repasses do Estado não é exclusivo de Coronel Fabriciano e prejudica a rede de urgência e emergência da região como um todo, e serviços essenciais como a transferência hospitalar de pacientes. Esta semana, o Márcio Cunha, referência em alta complexidade no Vale do Aço, anunciou suspensão de alguns procedimentos e cirurgias eletivas pelo SUS.
