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Marketing Esportivo: Ipatinga é campeão!

O ressurgimento “épico” do Ipatinga no cenário desportivo brasileiro se deve a vários fatores, mas o que não se pode negar foi o espírito colaborativo que empresários, por meio de suas respectivas marcas, fizeram para, se não colocar dinheiro, oferecer permutas em serviços essenciais que, de uma forma ou de outra, teriam que ser adquiridos. Nesse aspecto, o Ipatinga transformou uma competição que nem a própria organizadora, a Federação Mineira de Futebol, deu a relevância que o clube, sua torcida e patrocinadores deram. Só para se ter uma ideia da falta de zelo da entidade, jogos foram marcados às tardes, no meio do expediente, durante a semana assim como alguns foram marcados em locais que não ofereciam estrutura para a imprensa e torcida como o da última rodada entre Atlético B x Democrata de Sete Lagoas, no Centro de Treinamento “Cidade do Galo” em Vespasiano.

 

Mesmo assim, o torcedor do clube, enxergou a “copa do mundo” diante dos seus olhos. Uma média de 5 mil torcedores chegando a aproximadamente a 10 mil no jogo do título, sábado passado (29), contra o Ponte Nova F.C. no Ipatingão.

Essa conjugação de forças em torno do clube (torcida, imprensa, patrocinadores e poder público) pode ser explicada pela baixa autoestima observada nos últimos anos na cidade. A falta de investimento em entretenimento, reflexo de uma crise que alcançou a prefeitura de forma não prevista fez com que, por exemplo, o estádio João Lamego Neto, o Ipatingão, ficasse por mais de 07 anos abandonado. No governo Cecília Ferramenta chegou a se ensaiar pequenas reformas, mas a mais importante (o atendimento às exigências de segurança para receber a liberação por parte do Corpo de bombeiros) não foi realizada. Outro aspecto, é a questão dos tempos difíceis atravessados pela siderúrgica que refletiu na perda de postos de trabalhos e menor dinâmica econômica na cidade. Por isto, ao propor a retomada do Ipatinga no futebol profissional, o presidente Cristiano Araújo, empresário, ex-diretor de marketing do próprio clube na gestão Itaí Machado, se aliou a Wanderly Mendes (Preto) e trouxe colaboradores vitoriosos como o Gerente de Futebol Amarildo Ribeiro e o Supervisor Adhemar. Daí, foi arregaçar as mangas: a busca da formalização junto à federação e a busca de apoio de toda sorte.

 

Poder Público

 

Primeiro, a prefeitura municipal de Ipatinga, para liberação do estádio para a realização dos jogos e o investimento na infraestrutura para que gramado, vestiários, limpeza, telecomunicações e acessibilidade estivesse em condições. Depois, serviço médico de urgência e segurança (polícia militar e bombeiros). A presença desses profissionais transgredia pura e simplesmente o aspecto profissional. Havia prazer em trabalhar nos jogos do Ipatinga (fatos que testemunhei in loco).

 

Apoiadores

 

Nesse grupo estão fornecedores de alimentos, clínicas de imagem e uma sorte de empresas de vários segmentos disponibilizaram seus produtos e ou serviços para poderem aliar a marca do clube e contribuírem pelo seu soerguimento. Nos vestiários, após os jogos, frutas eram distribuídas aos jogadores cujo apoiador colocava a disposição da diretoria nos dias de jogos. A presença do representante do trabalhadores e aposentados no conselho de administração da Usiminas, o sindicalista Luiz Carlos Miranda, era constante. Miranda envidou esforços para apoiar a gestão do presidente Cristiano Araújo na busca por recursos para fazer frente às despesas significativas que o clube tem para colocar o time em campo a cada jogo.

 

Patrocinadores

 

Nesse quesito, a Usiminas teve papel importante. O “voltar a sonhar” proposto pelo atual presidente da empresa, Sérgio Leite de Andrade, remeteu aos tempos de pujança da empresa que, por sua vez, reflete diretamente em todas as áreas de Ipatinga. Além de disponibilizar em regime de comodato o Clube Aciaria (transformado em Centro de Treinamento) entrou com o patrocínio máster no uniforme (valores não divulgados) o que possibilita o pagamento de parte da folha salarial cujos dados não oficiais dão conta de serem superiores a R$150 mil reais por mês. A acionista do bloco de controle Nippon Steel, A Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga – AAPI, Colchões Polar, Base Proteção Veicular e o Mineirão Atacarejo estão entre os patrocinadores do uniforme do Ipatinga.

Mas, alguns patrocinadores não se limitavam apenas a colocar suas marcas no uniforme e outros equipamentos visuais do clube. Ações de marketing foram observadas de patrocinadores como Os colchões Polar. O time entrava em campo com uma camisa diferente com mais apelo a marca do patrocinador. Antes de começar o jogo, as retirava e jogava para a torcida. Para o próximo ano, espera-se mais ações nesse sentido.

 

O time

 

Em campo, um início claudicante que culminou em um susto. Após duas derrotas em quatro jogos, o técnico foi demitido e Eugênio Souza, ex-zagueiro do Cruzeiro, campeão de acessos, substituiria e começaria um novo momento caracterizado por muita solidariedade dentro de campo e muita harmonia fora dele. Foram 16 jogos 11 vitorias, 2 empates e 03 derrotas.

 

A força da marca

 

Conversando com o presidente do clube, Cristiano Araújo, qual seria a motivação maior para assumir um clube, praticamente do zero (na verdade, abaixo de zero – o Ipatinga possui ainda passivos das gestões anteriores). Ele disse que a Força da Marca era o que impulsionava. O Ipatinga, em sua curta história possui títulos de grande expressão como o campeonato mineiro de 2005 e três vice-campeonatos em 2002, 2006 e 2010 e um vice-campeonato brasileiro da Série B em 2007, além de um vice-campeonato da Taça Minas Gerais em 2000 e a terceira posição da Copa Do Brasil em 2006.

E, falando de marcas, o Ipatinga possui o escudo, mascote “Tigre”, termo “Quadricolor de Aço” e os uniformes nº 01 e 02. Essas marcas, constituem patrimônios que, com gestão de branding adequadas, poderão gerar receitas importantes a partir do próximo ano. A segunda divisão mineira, ou o “Módulo B” tem despesas maiores. Ter conquistado o acesso no primeiro ano de disputa, nessa nova fase do clube, fez parte de estratégia montada pela equipe diretiva que possibilitará, o mais breve possível, que o clube possa recompor suas finanças e alcançar voos tão ousados quanto os realizados. O campeão voltou? Sim, o campeão voltou.

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