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Cervejaria testa lúpulo mineiro

A força do mercado das cervejarias artesanais se traduz também no campo e impulsiona a produção do lúpulo nacional, quebrando barreiras de que esse tipo de cultura era incompatível com países de clima temperado. Experiências com o cultivo da planta que confere aroma e amargor à bebida crescem em todo o país, incluindo Minas, considerada a Bélgica brasileira. Os bons resultados levam produtores a estimar que, nos próximos cinco anos, a participação do lúpulo nacional na indústria cervejeira no Brasil passará dos ínfimos 1% para 10% da produção.

O panorama é promissor, sobretudo entre as cervejarias artesanais, em franca expansão e que prezam por matéria-prima mais fresca – o lúpulo importado chega processado no país. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas), em dezembro de 2017, o estado já somava 70 cervejarias instaladas, sem contar as ciganas (sem fábrica própria) e as caseiras. A produção da bebida do modo artesanal alcançava 1,8 milhão de litros ao mês.

A Cervejaria Loba, com fábrica em Santana dos Montes, na Região Central do estado, iniciou a produção de 500 litros com lúpulo plantado a 30 quilômetros da propriedade, em Rio Espera. Trata-se de um marco para o setor, que aponta para a substituição do produto importado pelo nacional. Essa etapa, chamada de brassagem, consiste no cozimento dos grãos e adição do lúpulo no momento da fervura para conferir aroma, amargor e sabor à bebida.

Em 30 dias, será possível provar a cerveja e analisar o resultado. “Nossa intenção é substituir o lúpulo importado pelo nacional. É muito mais em conta e ainda é mais fresco”, afirma o dono da Loba, o engenheiro químico Aloísio Rodrigues Pereira. Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) acompanham o teste.

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