Empresários do setor lácteo defenderam nesta sexta-feira (06/07) durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG) a manutenção de benefícios fiscais para o setor. O estado é o principal produtor de leite do país, respondendo por 30% da produção nacional com um total de nove bilhões de litros por ano, com cerca de 230 mil propriedades rurais. Para efeito de comparação, de cada 100 litros produzidos no país, 26 saem de Minas. Outro desafio do setor é o aumento dos custos de produção e o preço de comercialização do produto. O preço médio do litro de leite hoje é de R$ 1,20 o que penaliza principalmente os pequenos produtores.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg) e diretor da FIEMG, João Lúcio Barreto Carneiro, ressaltou a importância da produção de leite no estado, da valorização do produto e sobre a política para enfrentar a guerra fiscal entre os estados. “Precisamos manter os benefícios fiscais que o setor já adquiriu, lembrando que esses benefícios são iguais ou inferiores a outros estados. No mundo inteiro os lácteos têm benefícios fiscais, por ser considerado fundamental para a nutrição humana”, diz. Ele também salientou que outros setores têm se valido dos benefícios do leite, mas com produtos que não são leite. “Querem usar o benefício do leite e ao mesmo tempo denegrir a imagem do leite”, disse.
Para o diretor executivo do Silemg, Celso Moreira, é preciso acabar com os mitos sobre o leite, como o de que só humanos tomam leite depois de adultos, que a lactose faz mal para a saúde e que leite vegetal pode substituir o consumo do leite de vaca. “A consequência da falta de informação é que o brasileiro ainda consome menos leite do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 180 litros por habitante, anualmente”, ressaltou.