Ainda assim, o conglomerado empresarial pretende entrar no mercado de minério de ferro a partir de 2026.
A Gerdau reduziu em R$ 1,3 bilhão o seu capex previsto para 2026, agora estimado em R$ 4,7 bilhões, o que consequentemente afetará o “Ebitda Potencial Anual” do ano que vem. A redução significativa em relação aos últimos anos, segundo a empresa, está diretamente relacionada às condições do mercado e ao cenário econômico dos países e setores em que atua. Para analistas de mercado como os do Itaú BBAA, essa diminuição no montante de investimentos, uma queda de 21,7% em relação ao orçamento de R$ 6 bilhões deste ano, é positiva. Os analistas entendem que o menor investimento em capital no próximo ano, aliado à expectativa de melhora no EBITDA, principalmente devido à recuperação da margem na divisão Brasil, deve permitir que a Gerdau apresente um forte fluxo de caixa livre (FCF) em 2026.
De acordo com estimativas oficiais, que ainda não incorporam a redução de capex, a Gerdau poderá gerar cerca de R$ 3,4 bilhões em fluxo de caixa (FCF) no próximo ano, o que se traduz em um rendimento de 11%.
Minério de Ferro
A Gerdau pretende entrar no mercado de minério de ferro a partir de 2026. Apesar de estar na mineração há duas décadas, a empresa planeja, pela primeira vez, disponibilizar a commodity ao mercado, com cerca de 2 milhões de toneladas inicialmente, e não apenas produzir para o consumo interno. Os primeiros 2 milhões de toneladas estarão disponíveis a partir de 2026 e virão de reservas minerais na mina de Miguel Burnier. Entretanto, a companhia não definiu metas de quanto essa operação e todos os direitos minerários poderão representar nos resultados. O plano, segundo o CEO da empresa, Gustavo Werneck, é avaliar gradualmente a intensidade da exploração e resultado dos estudos, de acordo com as oportunidades de mercado.
