Queda nos preços dos últimos meses favorece investimentos em energia solar.
É verdade que a “taxação do sol”, um assunto que trouxe muita polêmica ao setor nos últimos anos, freou, a partir de 2023, muitos investimentos em energia solar. Esse recuo foi observado a partir da revisão das regras de compensação da geração distribuída, que levou a aprovação da Lei 14.300, que criou um marco legal para o segmento.
Dessa forma, foi criada o que muitos passaram a chamar de taxação do Sol que anda mais é que a cobrança pelo uso da rede de distribuição, onde a energia solar excedente gerada pelo consumidor é injetada. Sendo assim, a tarifa não é pela energia em si, mas tem a finalidade de custear a manutenção do sistema de fios que permitem a distribuição dessa energia.
Contudo, um movimento no sentido contrário veio em 2024: A queda de preços dos equipamentos. Sim, o mercado de energia solar tem apresentado uma queda de preços nos últimos meses.
Entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, os preços dos sistemas de energia solar residenciais e comerciais de pequeno porte caíram 30%.
No primeiro semestre de 2024, o preço da energia solar para o consumidor final caiu 6%. A queda nos preços é atribuída a diversos fatores, como: A redução do preço do polissilício, principal matéria-prima para a produção de placas solares, O excesso de capacidade produtiva da China (que superou a demanda) e a lei 14300, que trouxe mais previsibilidade e estabilidade aos empreendedores e consumidores (a queda nos preços tem contribuído para melhorar o retorno sobre o investimento em sistemas fotovoltaicos).
Mercado retoma a expansão
Um dos “players” do setor, a Multiluz Solar, empresa com mais de 25 anos de atuação e 2000 projetos concluídos, tem aproveitado esse bom momento e tem expandido seu território de atuação. Na noite da quarta-feira (10), inaugurou sua nova loja em Coronel Fabriciano. Este novo ponto de atendimento, localizado na Av. José de Magalhães Pinto, nº 1198, bairro Giovanini, é a quarta unidade da empresa, que já possui duas lojas em Ipatinga e uma em João Monlevade.
O fundador Geraldo Magela entende que o momento propicia esta expansão. “Temos muitos clientes em Coronel Fabriciano e chegar a colocar um ponto de venda no coração da cidade, o Melo Viana é, também uma forma de agradecimento a confiança depositada em nosso profissionalismo e qualidade dos sistemas implantados. Até nós surpreendemos com os orçamentos realizados nesse ano, dado a redução dos preços de painéis e outros equipamentos, mas sim, é verdade. A energia solar passa a ser acessível a novos consumidores”, observa o empreendedor.
O que vem por aí!
Nos últimos anos, o setor de energia solar no Brasil, registrou um notável aumento de investimentos, movimentando cerca de R$ 122 bilhões na Geração Distribuída, atingindo a marca de 35 gigawatts de capacidade instalada proveniente da energia solar fotovoltaica.
Esse marco coloca o segmento como responsável por 15,9% de toda a matriz energética nacional que, em outras palavras, podemos dizer que o mercado de energia solar em 2024 se mostra promissor.
Isto porque segundo uma pesquisa da Wood Mackenzie divulgada no dia 12 de outubro, espera-se que a capacidade de energia solar cresça aproximadamente 320 GW em 2023, superando em 20% a previsão inicial delineada pela consultoria no início do segundo trimestre deste ano.
Essa nova análise sugere que as instalações fotovoltaicas continuarão a se expandir globalmente, impulsionadas pelas políticas de incentivo adotadas por muitos países e pelos custos cada vez mais acessíveis da tecnologia solar.
A mesma Wood Mackenzie estima um crescimento anual médio de 4% na capacidade global de energia solar nos próximos dez anos, atingindo cerca de 360 GW até 2032. Esse crescimento contínuo reflete o impulso e a sustentabilidade do setor solar em nível mundial.
Fotos da Inauguração da Multiluz solar em Coronel Fabriciano
