A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está intensificando a campanha pela vacinação contra a febre amarela. Atualmente, a cobertura vacinal é de 71%, bem abaixo da taxa recomendada, de 95%. Além de recomendar aos municípios a intensificação vacinal e o monitoramento rápido de coberturas vacinais (MRC) nos territórios, a SES-MG também intensificou a vigilância epidemiológica no estado, diante da ocorrência de epizootias e de casos humanos de febre amarela.
Desde 2018, não havia registro de casos humanos de febre amarela confirmados laboratorialmente em Minas Gerais, sendo o primeiro em 2023, no município de Monte Santo, mas com local provável de infecção (LPI) em São Paulo. Já em 2024, foi notificado um caso de febre amarela em um homem residente em Águas de Lindoia, no estado de São Paulo, que teria como local provável de infecção o município de Monte Sião. O paciente, que veio a óbito, não tinha registro de vacina contra a doença.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, cujos sintomas são febre de início agudo, associada à icterícia, e pode evoluir com fenômenos hemorrágicos e sangramentos. Dores de cabeça, dores musculares, náusea, vômito, confusão mental, diminuição da diurese também são sintomas da doença.
Uma parte dos pacientes evolui para a forma leve da doença, mas as formas moderadas e graves têm uma alta taxa de mortalidade, podendo alcançar até metade dos pacientes que contraíram o vírus.
Esquema vacinal e cobertura
De acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunização (PNI), crianças entre nove meses de vida e menores de cinco anos devem receber uma dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos quatro anos.
Já as pessoas a partir de cinco anos que receberam apenas uma dose da vacina antes de completarem cinco anos, devem receber uma dose de reforço. As pessoas de cinco a 59 anos não vacinadas devem receber uma dose única.