Atualmente, quase 100 pessoas moram nas ruas de Coronel Fabriciano. O dado, que é preocupante, foi apresentado esta semana pela Secretaria de Assistência Social. O órgão apresentou um diagnóstico de situação. O documento traz informações sobre perfil, como vivem, o que desejam e de onde vieram essas pessoas. As informações são essenciais para elaboração e ampliação das políticas públicas voltadas para estas pessoas.
Segundo o levantamento, Fabriciano tem hoje 91 pessoas que vivem nas ruas, duas a menos do levantamento feito em 2019. Deste total, 53 responderam à pesquisa. Todas estão registradas pelo serviço público.
Entre os apontamentos do diagnóstico, alguns dados se destacam:
64% “dormem” nas ruas do Centro de Coronel Fabriciano.
Dos que responderam, 62,3% são nascidos em outras cidades
60,8% “vivem” nas ruas há mais de 10 anos; 18,1% estão em situação de rua há 5 anos ou mais
88% são homens; 90,5% se identificam como pardos e pretos
75% possui documentos que são mantidos consigo.
A pesquisa aborda necessidades básicas como alimentação, acesso à água, higiene, saúde, histórico de prisão, escolaridade, trabalho formal e informal. Dentre os entrevistados, apenas 11,3% concluíram a Educação Básica. Conforme os dados, 68,4% já trabalharam com carteira assinada, e mais de 31% hoje fazem bicos para sobreviver.
O diagnóstico apontou ainda o envelhecimento das pessoas em situação de rua: 43,3% dos entrevistados têm 51 anos ou mais, sendo 9,4% acima dos 60 anos. Daí, como destacado no seminário, a necessidade de estratégias singulares direcionadas especificamente para mulheres e idosos em situação de rua.