Em reunião marcada por muita confusão e até mesmo o embate entre apoiadores e opositores presentes na plateia, a Câmara Municipal de Ipatinga arquivou, na tarde desta sexta-feira, 20, quatro denúncias protocoladas contra o prefeito Gustavo Nunes, que se aprovadas, poderiam provocar a a cassação de seu mandato. As denúncias foram apresentadas pelo vereador Fernando Ratzke, além de dois eleitores,
Na reunião, os vereadores votaram por manter o parecer da Comissão de Legislação e Justiça, que em entendeu que as denúncias não cumpriam os requisitos mínimos para que pudessem ser votadas pelo plenário.
A primeira denúncia, apresentada pelo vereador Fernando Ratzke, acusava o prefeito de enriquecimento ilícito e fraude em processo licitatório que resultou na locação de um imóvel, no bairro Cidade Nobre, que abriga hoje a sede provisória da Prefeitura Municipal, no Cidade Nobre.
A segunda denúncia, apresentada pelo eleitor Flávio José Silva Pinto, pedia o afastamento do prefeito baseado na dispensa de licitação para a aquisição de kits de robótica, no valor de R$ 3,6 milhões.
Já a denúncia de número três, também apresentada pelo vereador Fernando Ratzke, também apontava a mesma denúncia anterior e também indicava que a contratação, por dispensa, da Fundação Instituto de Administração (FIA) para elaboração de estudos de revisão do Plano Diretor do Município, no valor de R$ 3,6 milhões.
Por fim, a denúncia número quatro, protocolada pelo eleitor Tiago Magalhães Rocha, estaria baseada em uma ação movida pelo Ministério Público, que questiona a contratação de um jornal impresso para a publicação de atos institucionais, sob o argumento de direcionamento.
O presidente da Câmara de Ipatinga, vereador Ley do Trânsito, disse que a decisão de arquivar as denúncias foi tomada após análise da Procuradoria da Casa. “Os documentos não apresentaram fatos e provas suficientes para que pudessem ser votadas pelo Plenário”, afirmou. Ley disse ainda que na próxima reunião ordinária, marcada para esta segunda-feira, 23, um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será analisado. Para ser aberta, precisará que tenha no mínimo sete assinaturas favoráveis entre os atuais 19 vereadores, sem a necessidade de ser votada em plenário. Caso tenha menos assinaturas, ai sim será necessária a análise pelo colegiado.