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Construção civil recupera otimismo

Pelos cálculos do Secovi, maior sindicato da habitação do país, o bom desempenho obtido pelo setor em março mostra uma recuperação em curso. O resultado das vendas foi impulsionado, segundo a entidade, por medidas macroeconômicas acertadas que estimularam a confiança. Em todo o Brasil, ainda pelos dados do Secovi, no acumulado de 12 meses (março de 2017 a fevereiro de 2018) foram comercializadas 25.349 unidades, um aumento de 60,4% comparado ao mesmo período de 2017, quando as vendas totalizaram 15.804 unidades.

O mercado imobiliário nacional, segundo Celso Pertrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), terá expansão de 10% em lançamentos e vendas neste ano. Em 2017, os lançamentos de imóveis aumentaram 5,2% na comparação com o ano anterior, para 82.343 unidades, segundo a CBIC. As vendas cresceram 9,4%, para 94.221 unidades. Por região, foram registradas altas no Nordeste (29%), Centro-Oeste (22,7%) e Sudeste (7%). Na região Norte, as vendas tiveram queda de 30,9%. No Sul, a retração foi de 4,5%.

Os números são positivos não apenas no segmento de vendas de imóveis novos, como também no de usados e de aluguéis. A queda das taxas de juros e a restauração das linhas de crédito para a compra da casa própria, especialmente com o aumento do limite de financiamento da Caixa de 50% para 80%, estão reaquecendo o mercado.

No front de locação, os números de 2018 são animadores para os proprietários de imóveis. Apenas nos primeiros dois meses os preços de aluguéis residenciais da cidade de São Paulo aumentaram nominalmente 2,3%, bem acima do IPCA de 0,7% e do IGPM de 1,5% no mesmo período. Altas expressivas nos valores nominais de aluguel residencial no primeiro bimestre de 2018 também foram verificadas em Goiânia (4,0%), Salvador (3,8%), Florianópolis (3,4%) e Recife (2,9%). Detalhe: os preços de aluguel residencial vinham caindo mais do que os preços de venda.

Para o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antonio França, o setor imobiliário conseguirá crescer de forma robusta quando houver a definição de um marco regulatório para os chamados distratos, como são chamados os casos em que o comprador desiste do imóvel e recebe de volta até 90% do valor pago. Em três anos, os distratos geraram 1 milhão de demissões. Nas próximas semanas, espera-se que a Câmara dos Deputados vote a o Projeto de Lei que poderá definir novas regras para o setor.

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