O sistema de saúde de Fabriciano deverá sofrer uma redução de 50% em sua atual capacidade de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital José Maria Morais (HJMM), antigo Siderúrgica. A informação foi dada pelo prefeito Marcos Vinícius, durante entrevista concedida ao programa Bom Dia Tropical, na emissora de mesmo nome, na manhã desta terça-feira, 16. Com isso, a unidade, que hoje tem 20 leitos, passará a contar apenas com 10 e que o pedido para isso partirá de seu governo, que estarão solicitando esse descredenciamento junto ao SUS.
Segundo o prefeito, que é médico, a medida se faz necessária devido a recente homologação do Piso Nacional da Enfermagem, fixado pelo Governo Federal em R$ 4,7 mil para os profissionais de nível superior; R$ 3,3 mil para quem tem apenas o ensino médio e R$ 2,3 mil para os auxiliares de enfermagem e parteiras, tanto do setor público quanto do privado. Para pagar essa conta, o Congresso Nacional aprovou em abril a abertura de um crédito especial de R$ 7,3 bilhões no orçamento do Fundo Nacional de Saúde para Estados e municípios pagarem o piso.
O prefeito, ainda ponderou diversos aspectos que impactam e oferecem dificuldades em manter o atual número de leitos disponíveis, uma vez que o HJMM recebe pacientes de diversos municípios e que 10 leitos, seriam hoje suficientes para atender os moradores da cidade. Ele frisou ainda que um grande contingente de profissionais se desdobra diariamente na atenção de pacientes em estado grave. E, além do esforço humano, também são necessários equipamentos e insumos. Um leito de UTI tem custo aproximadamente entre R$ 2,5 mil a R$ 3 mil por dia, destacou. “Não entrando na questão que a classe mereça, ou não, é importante ressaltar que quem paga a conta é o contribuinte”, observou Marcos Vinícius, que também é presidente da AMM (Associação Mineira dos Municípios).