A 3º Vara Criminal de Belo Horizonte determinou nesta sexta-feira (27) o afastamento por 90 dias de cinco dirigentes da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), entre eles o presidente da entidade, Lázaro Luiz Gonzaga (foto).
Por ordem do juiz Guilherme Sadi foi nomeada interventora judicial para fazer levantamento administrativo e financeiro, além de conduzir o processo de sucessão na presidência da federação, marcado para 16 de maio.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), há indícios de desvios de recursos do sistema Fecomércio no valor aproximado de R$ 70 milhões em benefício de gestores.
Depois de cerca de três anos de investigação, o MPMG denunciou esquema que direcionava contratos de compra de bens, serviços e obras, além do superfaturamento deles, com vantagens ilícitas para então diretores da instituição. A decisão do juiz Guilherme Sadi consiste na segunda intervenção desde que o início do trabalho do MPMG.
Foram afastados pela decisão judicial o atual presidente da Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga; o primeiro vice-presidente, Sebastião da Silva; o primeiro tesoureiro, Marcelo Carneiro Árabe; o segundo tesoureiro, Wainer Pastorinni Haddad; e o terceiro vice-presidente José Danaldo Bittencourt Júnior.
Por meio de nota, a Fecomércio-MG informou que “tem prestado todas as informações solicitadas para o desenvolvimento do processo, a fim de manter a transparência e a credibilidade”.
O advogado Fábio Vilar, que representa o presidente afastado da instituição, Lázaro Gonzaga, informou já estar trabalhando em recurso, na forma de mandado de segurança, contra a decisão, que deverá ser apresentado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na próxima segunda-feira (30).