Resultados do 4º trimestre da Usiminas rompem com sequencia vitoriosa de quase 02 anos.

A receita líquida somou R$ 7,659 bilhões no quarto trimestre deste ano, uma redução de 5% na comparação com igual etapa de 2021. Já o Ebitda é o segundo melhor da história.

A Usiminas divulgou, nesta sexta-feira (10), prejuízo para o quarto trimestre, revertendo resultados positivos obtidos um ano antes e nos três meses imediatamente anteriores, com quedas nas vendas de aço e minério de ferro e reconhecimento de impairment de R$1,7 bilhão relacionado ao valor de seus ativos.

A siderúrgica teve prejuízo líquido de R$839 milhões no quarto trimestre, revertendo lucro de R$2,49 bilhões obtido um ano antes. As vendas de aço recuaram 9% e as de minério de ferro caíram 8%.

Com isso, a receita líquida se retraiu em 5% na comparação anual, para R$7,66 bilhões.

A geração de caixa medida pelo lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização da Usiminas no quarto trimestre foi de R$579 milhões, queda de 76% sobre o desempenho de um ano antes. A margem passou de 31% para 8% no período.

Resultado anual consolidado, é melhor 

Ao longo de 2022, o lucro líquido da companhia foi de R$ 2,1 bilhões, o segundo maior em 14 anos. Em 2021 a empresa alcançou o recorde de R$ 10,1 bilhões nesse indicador. Já a receita líquida do ano passado ficou em R$ 32,5 bilhões, a segunda maior da série histórica e 4% inferior à registrada em 2021.

Investimentos

A siderúrgica afirmou que prevê investimento de R$3,2 bilhões em 2023, alta de 46,5% sobre 2022, impulsionada pelos custos bilionários com a reforma do equipamento em Ipatinga. A empresa já vem há alguns meses montando estoques de placas de aço compradas de terceiros para lidar com a parada de vários meses do alto-forno para a reforma.

O que vem por aí

Os resultados divulgados pela Usiminas nesta sexta-feira (10) apresentaram surpresas em sentidos opostos, com um prejuízo acima do esperado e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) acima do que se esperava. Leva-se a dicotomia do “copo meio cheio ou do copo meio vazio”.

Chama a atenção a redução de caixa que pode ser explicada pelo investimento com recursos próprios tanto para a reforma do alto forno 3 prevista para abril cujas ações preparatórias estão em curso e áreas precedentes do processo siderúrgico quanto os reparos emergenciais da Coqueria 2 cujos investimentos previstos foram superados em 600 milhões, o que elevou os gastos em R$ 1,1 bilhão e definitivos na Coqueria.

 

 

 

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