Encolhemos! Pelo menos é o que a prévia do Censo 2022 divulgada na semana passada (uma estimativa feita a partir do Censo, ainda inacabado de 2022) apontou em relação ao Censo 2010: 207,8 milhões de habitantes. Esse número chamou a atenção por ser mais de 7 milhões inferiores à projeção populacional de 215 milhões de habitantes, feita pelo próprio IBGE, com base na última edição do Censo, de 2010.
Vale do Aço
Segundo o IBGE, até o momento, 87% do serviço já foi concluído no estado e a previsão é que ele seja encerrado até o final deste mês. o Vale do Aço, em especial a área da Região Metropolitana, contava, até 25 de dezembro, com 422,6 mil habitantes.
Segundo o Censo, Ipatinga ainda é, de longe, a maior cidade da região, com 221,1 mil habitantes, seguida de Coronel Fabriciano, com 96,6 mil; Timóteo, com 77,8 mil e Santana do Paraiso, com 37,1 mil moradores.
Os dados até agora apurados mostram que a população na região é menor que as projeções do IBGE e que chegou a projetar uma população de 265 mil habitantes para Ipatinga, 110 mil para Fabriciano e 90 mil Timóteo. Já Paraíso, que teria 35 mil habitantes, apresentou até o momento um dado acima da estimativa oficial.
Menos recursos
Ao fim de todos os anos, por obrigação legal, o IBGE encaminha ao Tribunal de Contas da União, TCU, a relação da população de cada um dos municípios brasileiros. Os dados são usados para calcular as quotas do Fundo de Participação dos Municípios, FPM, para o ano seguinte. Se a prévia se confirmar, os três municípios da Região Metropolitana terão repasses menores, uma vez que pelas regras do fundo, Estados e Distrito Federal recebem 22,5% da arrecadação do
, imposto sobre Produtos Industrializados que, por sua vez, é distribuído aos municípios, de acordo com o número de habitantes.
O repasse é estabelecido com base em faixas populacionais e as diferentes faixas têm direito a valores maiores quanto maior a população. Contudo, para os pequenos municípios, especificamente os da macrorregião, as alterações poderão não impactar em alterações significativas. É O caso de Ipaba que, possui o FPM como principal receita do município, obteve uma redução discreta 16.708 habitantes em 2010 para 16.552 habitantes (ainda dentro da faixa) e Bugre, que saiu de 3.992 habitantes em 2010 para 4.041 habitantes.