Empreendedora de Ipatinga ultrapassa a média de vida das microempresas investindo em moda pluz size.
Foi-se o tempo em que o padrão de beleza era ditado por mulheres magérrimas. Agora, os conceitos vão muito além das linhas retas definidas pela alta costura. O que importa é ser quem se é e assumir a identidade e o corpo que se tem.
Com isso, o mercado de moda plus size está cada vez mais diversificado e as peças, cada vez mais sofisticadas. Isso porque há espaço para muito crescimento nesse nicho de mercado: além das mulheres, os homens, crianças, adolescentes, jovens e idosos têm demandas de produtos para todas as ocasiões.
Empreendedorismo Plus Size
De olho nesse mercado é que a administradora Dayse Gomes Montes de Souza (38), deixou seu emprego de 8 anos no Senai Rinaldo Campos Soares, em Ipatinga, para empreender um novo negócio. Só que, por 02 anos, teve que interromper seu objetivo para ficar em casa cuidando da primeira filha. 02 anos se passaram e o “mosquitinho” do empreendedorismo insistiu picando a mãe de Mariana. “Em conversas com minha mãe, questionávamos a grande dificuldade que sempre tive em comprar roupas – sempre fui grande. Foi aí que surgiu a ideia da loja focada no público Plus Size”, comenta a empreendedora.
Ao abrir a “Gran Bella” uma boutique voltada para atendimento a esse público, Dayse criou mais que uma loja. Criou uma possibilidade de elevação da autoestima de muitas pessoas. “No início não foi nada fácil, tínhamos dificuldade de encontrar fornecedores da moda Plus. Também, as pessoas tinham muita resistência em entrar na loja porque a moda Plus Size era vista como uma moda pra velhos ou somente para evangélicos”, relembra a empresária.
Pandemia
Em 2020, a loja foi transferida para rua Vinhático, ainda no Horto. Porém, mais um empecilho inesperado surgiu: a pandemia. “Ficamos de portas fechadas e tive que criar a coragem pra aparecer nas redes sociais e migrar para o on line. Graças a Deus, tivemos diminuição de custos com aluguel, o proprietário foi muito parceiro e conseguimos resistir à pandemia” comemora Montes Souza.
A história de empreendedorismo chega a seu ápice. A loja foi reaberta e mudou-se para a Avenida Castelo Branco, a principal do bairro. “Continuamos com as vendas on-line. Fazemos divulgações com blogueiras e priorizamos o atendimento humanizado tanto presencialmente quanta na loja virtual, uma vez que acredito que o bom atendimento pode ser definido como conhecer bem o seu cliente e saber o que ele precisa”, propõe a empresária.
Pra comemorar, Dayse prepara fotos de alguns de seus produtos a tendo como modelo, de forma a oferecer seu exemplo para as pessoas do quanto pode se sentir feliz com sua própria identidade. Após seis anos de empreendedorismo, compartilhar a retomada da autoestima de seus clientes parece ser como o “Mastercard”: não tem preço!
