Fé, tradição e alegria do retorno das apresentações culturais do folclore mineiro para todos os moradores e visitantes, esses eram os sentimentos que predominavam entre os integrantes dos grupos folclóricos que se apresentaram na 19ª edição do Festival de Folclore de Penha do Cassiano. Após dois anos sem realizar a tradicional festa em função da pandemia, o distrito, localizado a 40 Km de Governador Valadares, recebeu no último sábado, 26, grupos de Virgolândia, Tarumirim, Coronel Fabriciano, Timóteo, Goiabal, Córrego dos Prazeres e Santa Efigênia de Minas para as festividades.
O Festival teve início na sexta-feira, 25, com shows para a comunidade. Já no sábado, 26, a programação ficou marcada pelo resgate das tradições e demonstrações de fé nas letras das músicas, roupas e bandeiras coloridas que carregavam a imagem dos santos e faziam a identificação dos grupos do cortejo. Os grupos foram recebidos com um café solidário e antes de começar a festa receberam a benção religiosa na praça. Em seguida, agitaram as ladeiras do distrito com o tradicional e animado cortejo folclórico que reuniu pessoas admiradas nas janelas e esquinas.
Morador do distrito, o senhor José Pereira não perdeu tempo e logo no início dos cantos colocou uma cadeira na porta de casa para assistir os cortejos. “É uma festa muito bonita e eu me sinto honrado por poder acompanhar de perto. Tenho familiares que esperam o ano inteiro por esse momento, faz parte das nossas raízes”, comentou. Após o término das apresentações, os grupos foram para a área de shows e promoveram um espetáculo recheado de apresentações culturais com danças de roda, cantigas, passos coreografados e muita animação
O secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo Kevin Figueiredo, explicou como o encontro ajudou a fortalecer as atividades dos grupos folclóricos de toda a região. “Ele é o maior da região e reúne grupos de várias cidades próximas, justamente para que nesse intercâmbio eles se fortaleçam e façam com que essa cultura que é raiz, patrimônio histórico, nunca acabe. Essa edição foi muito especial porque foi a primeira pós-pandemia. Os idosos, que são o público principal, foram os principais afetados. Então foi uma maneira de fazermos com que eles revivessem esse sentimento do retorno das tradições e retomassem os ensaios dos grupos, para que no ano que vem, se tenha ainda mais grupos comemorando a 20ª edição e a cultura perpetue entre as gerações,” comentou.
