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O ferro que escoa sobre o ferro

O fotografo e artista visual Rodrigo Zeferino, um dos mais conhecidos e renomados no Vale do Aço, apresenta seu novo e fascinante trabalho, fruto de uma jornada por várias cidades do chamado Quadrilátero Ferrífero, na região central de Minas Gerais, indo até o litoral capixaba, onde a maior porção de sua produção – em 2021 foram produzidas mais de 120 milhões de toneladas de minério de ferro em MG – embarca em cargueiros no Porto de Vitória (ES) com destino aos países importadores da commodity.

Em seu mais recente projeto, Terra em Trânsito, Zeferino segue fotografando as comunidades localizadas às margens da ferrovia Vitória a Minas, pertencente à Vale e cuja principal finalidade é escoar o mineral extraído no Estado. O material começou a ser produzido em 2020, quando Zeferino ainda atuava individualmente e por conta própria. No ano seguinte veio a seleção no XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, o que permitiu ao artista dedicar mais tempo ao projeto e percorrer a estrada de ferro que cruza Minas e o Espírito Santo e os respectivos municípios que se distribuem em sua extensão. O valor oferecido na premiação, R$ 10 mil, foi essencial para arcar com os custos, em especial os de transporte.

Ao aportar em um desses municípios, a equipe se põe a conversar com moradores na tentativa de se inserir na comunidade de modo que as pessoas se sintam à vontade na presença dos profissionais e estes tenham a oportunidade de captar a essência da vida cotidiana naquele lugar. O propósito elementar do projeto Terra em Trânsito, segundo Zeferino, é entender um pouco da relação dos habitantes com a ferrovia. “Como a linha férrea influencia a vida de quem mora por perto e, principalmente, qual a percepção que essas pessoas têm sobre a quantidade de riqueza que escoa por esta estrada todos os dias, invariavelmente, diante dos seus olhos”, analisa o artista que se propõe a traduzir em imagens essas questões levantadas por ele mesmo

O fotógrafo revela que a ferrovia Vitória a Minas é apenas uma etapa do projeto, que engloba também outra importante estrada ferro dedicada à mineração no Brasil, que vai de Carajás, no Pará, até o Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. Ele prevê que até 2023 consiga finalizar os dois percursos e editar um livro com as fotografias produzidas. “O projeto Terra em Trânsito lança um olhar sobre a relação que os moradores mais próximos têm com a ferrovia, questionando sua percepção sobre a quantidade de riqueza que passa diariamente dizente de seus olhos em detrimento de sua própria condição social”, afirmou Zeferino.

Colaboram para o projeto os fotógrafos e pesquisadores Nilmar Lage (que prepara um vídeo documentário sobre o trabalho) e Ricardo Alves (responsável pelo texto de apresentação do ensaio fotográfico), além do fotógrafo Igor Silva, que também registra os bastidores da ação. A jornalista Mariana Penna cuida da assessoria de comunicação do projeto, que foi patrocinado pelo Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia.

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