Algo próximo de R$ 60 milhões deverão ser investidos pela Fundação Renova em ações de reparos e restaurações na bacia do Rio Corrente Grande, em Valadares. Segundo dados da ONG, a área a ser recuperada mede cerca de 1,7 mil hectares. O rio Corrente Grande é o manancial onde será captada a água da nova adutora que está sendo construída pela Renova e que vai abastecer a população de Valadares, depois que as águas do rio Doce foram atingidas pelo rompimento da barragem de Bento Rodrigues (Mariana), em 2016.
Ao todo, a Renova pretende destinar, via editais para contratação de fornecedores, cerca de R$ 540 milhões para promover a restauração florestal de, aproximadamente, 16 mil hectares. Nessa área, estão incluídos 8,6 mil hectares da bacia do rio Manhuaçu (MG), 2,8 mil hectares nas bacias do Piranga (MG), do Santa Maria (ES) e do Corrente (MG) e outros 5 mil hectares na bacia do rio Guandu (ES). Todo esse espaço corresponde a cerca de 16 mil campos de futebol.
Segundo a Renova, esse valor faz parte do montante de R$ 1,7 bilhão que será empregado no cumprimento de parte da meta socioambiental de recuperar 40 mil hectares de APPs (Áreas de Preservação Permanente) e de Recarga Hídrica (ARH) e de 5 mil nascentes ao longo de dez anos. Até o momento, estão ativos 12 contratos para restauração florestal de 15,5 mil hectares.
Ao oferecer serviços técnicos, científicos e operacionais, as empresas ou consórcios contratados se tornam responsáveis pela execução das ações estabelecidas pelos programas de recuperação de APPs e ARH da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e também de nascentes. Os editais preveem o plantio de espécies florestais nativas e a implementação de projetos de conservação do solo e água em áreas produtivas. O objetivo é aumentar a infiltração de água no solo, ampliar a biodiversidade da região e diminuir os processos erosivos.