Envolvida em um dos casos que mais chocaram o Brasil no ano passado, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foi solta pela justiça do Rio de Janeiro, com o uso de tornozeleira eletrônica. Monique é ré, junto com o ex-vereador Jairo Santos Souza, o Dr. Jairinho, no processo que apura a morte do menino de 4 anos em março de 2021.
Na decisão, a juíza da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Elizabeth Louro, exigiu que Monique só fale com familiares ou advogados e não faça publicações em redes sociais. Na decisão, a juíza citou ameaças que a mãe de Henry relatou estar sofrendo na cadeia.
A juíza afirma estar ciente de um “furor público” contra a mãe de Henry, que avalia não ser “coerente nem proporcional” em relação ao processo, mas avalia que a manutenção da prisão preventiva também não a protege.
Em seu primeiro depoimento à Justiça, no dia 9 de fevereiro, Monique Medeiros relatou agressões e ameaças diárias no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. “Cerca de 20 detentas me ameaçaram recentemente durante o banho de sol. Uma delas, divide cela comigo e me ameaça todos os dias”, contou ela à juíza Elizabeth Louro.