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Minas exporta café especial para a Austrália

Um contêiner com 640 sacas de 30kg de café especial, produzido na Região da Chapada de Minasm desembarcou, em 24 de fevereiro na Austrália, principal país da Oceania. A carga, avaliada em R$ 400 mil, foi produzida em Capelinha, José Gonçalves de Minas e Água Boa. O resultado é fruto do trabalho realizado em parceria com o Sebrae Minas para melhorar o posicionamento do setor no mercado interno e externo. Em 2020 foi lançada a estratégia “Café da Região da Chapada de Minas”, que contribuiu para agregar valor ao reforçar a identidade e a origem da região.

“Antes, os produtores não conseguiam saber qual o destino ou o preço pago pelo café. Agora, com essa negociação direta, eles têm mais controle e autonomia, além disso, compradores passam a ter acesso às informações sobre a origem do produto, como foi produzido e quem produziu”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Roberto Simões.

Para garantir a origem do produto, foi necessário demarcar áreas reconhecidas pela qualidade dos grãos ali cultivados, além de adotar medidas para garantir a rastreabilidade da mercadoria. “Informações sobre a procedência do café e em quais condições ele foi produzido é uma exigência dos consumidores de alto poder aquisitivo. Para se ter uma ideia, após a criação da marca coletiva, o produto foi reconhecido no mercado e teve uma valorização de quase 15%.”, explicou Simões. Atualmente, Minas Gerais é o maior produtor de café do país. Há três regiões com origens controladas: Cerrado, Matas, e Mantiqueira. Chapada e a Região Vulcânica (Sul do Estado) estão em processo de estruturação.

Origem controlada
O próximo passo dos produtores para a expansão dos negócios é a busca pela origem controlada, que garante ao mercado que o café foi cultivado na região com característica específica e por isso não pode ser encontrado em nenhum outro lugar, tornando-o algo único. “É um novo olhar sobre a cafeicultura, que vai além do preço e do impacto individual. Envolve produtores, gestão, processos, transparência e criação de valor sustentável, fatores capazes de atrair mais investimentos, gerar desenvolvimento coletivo e tornar o território categorizado em uma marca conhecida e respeitada”, comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.

Estímulo à cafeicultura
Há 10 anos, o Sebrae tem estimulado a organização e articulação conjunta dos pequenos e médios produtores, responsáveis por 400 mil sacas de café anuais e a geração de pelo menos 20 mil empregos diretos e indiretos. Em 2018, a instituição apoiou a criação do Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM). “Antes notamos uma redução de 60% na produção do café, pois havia uma migração para o cultivo do eucalipto, por ser uma cultura que não exige cuidado contínuo, como ocorre com o café. A chegada do ICCM propiciou a criação de uma governança local estruturada, a maior união dos produtores e o desenvolvimento de ações que melhoraram o volume e a qualidade do produto”, destacou Roberto Simões.

Por meio dessa parceria com o ICCM, o Sebrae Minas tem promovido uma série de ações: consultorias especializadas, cursos de classificação e degustação de café, visitas a grandes fazendas da região e workshop destinado à construção da marca coletiva. Hoje, a região da Chapada de Minas é formada por 22 municípios dos vales Alto Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Possui uma área de produção de aproximadamente 28 mil hectares e altitudes com quotas na faixa entre 500 a 1 mil metros.

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