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Artesanato feito em Casa percorre municípios do Vale do Aço

O artesanato pode se originar de uma vocação e tradição familiar, do desenvolvimento do fazer manual, da aplicação de conceitos de design e até mesmo de uma ação comunitária. Observar, utilizar, praticar ou colecionar arte feita à mão, nos aproximam do fazer criativo do ser humano: peças feitas com apuro manual e também a culinária local, são umas das mais fortes expressões da identidade e da diversidade cultural de um povo. Pensando nessa fonte de expressão cultural, a arquiteta Joana Gonçalves, proprietária da Arquitetura OG e Gestão Cultural, iniciou as atividades de concepção do projeto AFC (Artesanato feito em Casa), em 2017, a partir da construção de um mapeamento inédito e temático sobre o artesanato feito no Vale do Aço.

O AFC vai agora, dar continuidade ao mapeamento dos artesãos, expandindo a pesquisa em oito municípios da bacia do Rio Doce, localizados no Colar Metropolitano do Vale do Aço: Belo Oriente, Dionísio, Ipaba, Ipatinga, Marliéria, Santana do Paraíso, São Domingos do Prata e Timóteo. Para a realização das atividades, o AFC percorrerá as cidades levantando, conhecendo e mapeando amostragens de cada uma dessas localidades, contando com a parceria dos gestores públicos e de agentes mobilizadores em cada cidade.

Chamado de cadastramento presencial, nesta etapa, o projeto busca participantes que desejam apresentar seus trabalhos manuais e produtos artesanais baseados em técnicas do Programa do Artesanato Brasileiro: bordado, crochê, fuxico, macramê, ponto cruz, patchwork, vagonite, bainha aberta, tapeçaria, pintura, marcenaria, marchetaria, fundição, funilaria, pirografia, cerâmica, rendaria, cestaria, papelaria, cartonagem, origami, culinária artesanal, dentre outras. Será necessária a apresentação de três exemplares do produto desenvolvido por cada artesão.

Além do cadastramento presencial, gratuito, a participação de artesãos nesta grande rede artesanal também pode ser feita através do site https://artesanatofeitoemcasa.com.br/mapeamento

Em Santana do Paraíso, município que abre a bateria dos cadastramentos presenciais do mapeamento, as atividades acontecerão nesta sexta-feira, 14, na Avenida Getúlio Vargas, 115, a partir das 9h. Para maiores informações, entrar em contato no número (31) 98790-3061, com Ana Cleide dos Santos.

Conheça a história do projeto

Em março de 2018, um grupo de aproximadamente 50 artesãos, reunidos em Timóteo para apresentação dos resultados da primeira fase do mapeamento Artesanato feito em Casa, participou da 1ª Mostra AFC. Durante seus 3 anos de atuação, o projeto já mapeou diversas iniciativas, criando junto a elas histórias inspiradoras de motivação, transformação e crescimento.

Em março de 2019, integrando as associações ASSOARTT (Associação de Artesãos de Timóteo, Arte Minas Fabri e Casa do Artesão Matizes- de Ipatinga), o projeto realizou sua primeira feira de artesanato e, em setembro do mesmo ano, surgiu a oportunidade de uma segunda feira de produtos artesanais e gastronômicos. Com os trabalhos em andamento, os parceiros da rede começaram a vislumbrar ferramentas e recursos para entrar no radar do consumidor, assim como novos arranjos e formas de colocar o artesanato em pauta regional, a partir da abordagem do turismo e da cultura.

Ao reconhecer que a região do Vale do Aço e seu colar metropolitano é “a nossa casa” e que é pela via do turismo que o artesanato tem o seu principal ponto de contato com seus consumidores, Joana procurou o Sebrae para apresentar seu projeto de pesquisa e a Coordenadora do Projeto Turismo no Vale, Ana Cleide dos Santos, identificou na iniciativa a importância do conhecimento do fazer manual como um benefício sócio cultural múltiplo para a região, que já era atendida por projeto de desenvolvimento turístico integrado.

O mapeamento da prática artesanal, viria contribuir com os artesãos como fonte geradora de renda, meio de expressão e preservação das culturas locais, modelo de valorização de pessoas e comunidades, estilo de vida, alternativa sustentável de consumo e meio de socialização. Com essa perspectiva, a ampliação do escopo do projeto para além do mapeamento, oferecendo aos artesãos a oportunidade de mostrarem suas artes em exposições e feiras de artesanato, foi o primeiro desdobramento, surgindo daí uma parceria colaborativa para o desenvolvimento do trabalho: arquiteta idealizadora, produtora cultural, designers, trade turístico local, gestores públicos e associações de artesanato.

Através de editais e prêmios de economia criativa, em 2020, a pesquisa Artesanato Feito em Casa – mapeamento da prática artesanal no Vale do Aço, foi premiada pelo Ministério do Turismo e do Governo do Estado de Minas Gerais através da Lei Aldir Blanc, e, em 2021, foi publicada em site da revista Caminhos Gerais, veículo de comunicação especializado na história, cultura e turismo do Vale do Aço e também no site próprio do projeto: www.artesanatofeitoemcasa.com.br.

 

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