Zema anuncia pagamento integral e ainda este ano do 13º dos servidores

Depois de seis anos, finalmente os servidores públicos de Minas vinculados ao Poder Executivo vão receber, de maneira integral o pagamento do 13º salário. O anunicio foi feito nesta quarta-feira, 20, pelo governador Romeu Zema, que, inclusive, fixou a data para que isso aconteça: 15 de dezembro, uma quarta-feira.

O valor total da folha, sem encargos patronais, é de aproximadamente R$ 3,1 bilhões e a estimativa é que sejam injetados cerca de R$ 2,5 bilhões na economia mineira com base nos dados da folha de setembro de 2021. O pagamento integral do 13º salário para todos os servidores sem atraso foi feito pela última vez em 2015 e somente em 2010 esse valor foi depositado para o funcionalismo até 15 de dezembro.

– É muito gratificante depois de 33 meses de Governo, onde desde o primeiro dia o foco tem sido ajustar as contas e arrumar a casa, ver que um trabalho disciplinado feito com muito sacrifício, com muita determinação, começa a dar frutos. Pagar o salário do funcionalismo e o 13º em dia sempre foi um desejo meu e de toda equipe, afirmou Zema.

Histórico

Além de herdar dívidas bilionárias com os municípios e fornecedores, Romeu Zema teve que assumir, no início de sua gestão, em 2019, o pagamento do 13º do funcionalismo estadual referente a 2018 – não efetuado pela administração anterior. O benefício foi quitado, de forma parcelada, até outubro de 2019. Já em 2020, o pagamento do 13º salário referente a 2019 foi finalizado em maio.

Em 2020, uma parcela de até R$ 2 mil foi depositada para todos os servidores públicos em 23 de dezembro, adotando o critério de isonomia. Na data, foi quitado integralmente o benefício para 39% do funcionalismo estadual. Essa foi a primeira vez, em três anos, que o governo realizou parte do pagamento do 13º salário a todo o contingente de servidores antes do Natal.

Em seguida, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021, também foram depositadas parcelas de até R$ 2 mil para os servidores que ainda tinham valores a receber. Em abril, o pagamento de todos os funcionários públicos foi concluído.

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O fim de uma era: Bretas encerra atividades no Vale do Aço

Neste domingo, 11 de maio, a rede de Supermercado Bretas, outrora dominante na região, encerrou oficialmente suas operações no Vale do Aço. As unidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo serão assumidas pela rede de Supermercados BH, que inicia a administração já nesta segunda-feira, dia 12. A previsão é que as lojas reabram ao público na próxima quinta-feira, dia 15, já com nova identidade visual e mudanças operacionais que vêm sendo aguardadas com expectativa. No sábado, véspera do fechamento, a reportagem do Conex10 visitou duas das unidades da rede (Centro de Ipatinga e Caravelas) e o cenário era de tranquilidade, mas de clima total de fim de ciclo. Corredores quase vazios, poucos carrinhos sendo empurrados e um silêncio que contrastava com a movimentação típica de um final de semana. As prateleiras estavam abastecidas, mas clientes e funcionários em ritmo de despedida indicavam a conclusão de uma trajetória que marcou a história do comércio varejista da região por mais de três décadas. Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, disseram que a maioria continuará empregada, agora sob a bandeira do BH. “A expectativa é boa. Sabemos que o BH está em expansão, e esperamos que venham novos tempos, com melhorias e mais estrutura”, disse um funcionário com anos de casa e que confirmou sua permanência neste primeiro momento. Outro acrescentou: “A gente sente um misto de tristeza mas de esperança. O Bretas foi importante, mas chegou a hora da virada.” Entre os clientes, muitos expressaram sentimentos nostálgicos. A dona de casa Maria Aparecida Nogueira, cliente fiel há mais de 20 anos, lamentou o fim. “Fiz minhas compras aqui por anos e anos. É triste ver tudo acabar assim.” Já o economista aposentado João Batista Oliveira lembrou que o setor supermercadista mudou muito nos últimos 15 anos. “Depois que deixou de ser dos donos, o serviço piorou, os preços subiram, e os concorrentes, alguns até menores e outros gigantes do setor, tomaram conta.” A estudante Larissa Abelardo comentou que, mesmo sentindo saudades, está curiosa para ver o que a nova rede trará. História de sucesso e ocaso comercial  Fundado no final dos anos 40 em Santa Maria do Itabira, o Bretas chegou ao Vale do Aço com sua primeira loja em Timóteo, em 1988, no bairro Centro-Norte (Acesita). Posteriormente, a empresa trouxe sua sede administrativa para a região, expandindo sua presença para até dez lojas nas três principais cidades. No entanto, com a chegada de novos concorrentes e mudanças na gestão, após a venda para o grupo chileno Cencosud, em 2010, o Bretas foi perdendo espaço e força e, pior que isso, não esboçou nenhuma reação no sentido de recuperar este lugar. O encerramento de suas atividades neste domingo sela a conclusão de uma trajetória, mas também marca o início de uma nova fase no varejo regional. O Bretas teve sua venda ao BH anunciada em 7 de fevereiro. No Vale do Aço, a noticia foi dada em primeira mão pela Rádio Jovem Pan. O acordo girou em torno de R$ 716 milhões, envolvendo as lojas localizadas em Minas. Apesar do valor expressivo, ele é 47% menor em relação ao que o Cencosud pagou em 2010, quando comprou o Bretas por R$ 1,35 bilhão. Apesar do valor menor, o novo controlador leva uma operação ligeiramente maior. Há 15 anos, eram 45 unidades em Minas Gerais, além de oito postos de combustíveis e um centro de distribuição, localizado em Contagem. Atualmente, integram a negociação 62 lojas em território mineiro, além dos mesmos oito postos e o centro de distribuição. O Cencosud seguirá operando o Bretas em Goiás, onde mantém 26 unidades. Quando foi vendido ao Cencosud, o Bretas era líder isolado em Minas Gerais no setor supermercadista e ocupava o 7º lugar no ranking da Abras. Nas mãos do gruo chileno,  além de crescer muito pouco organicamente, os chilenos viram os concorrentes ganharem terreno. Hoje, o BH tomou essa liderança, com grande folga, além de ocupar o 4º lugar nacionalmente. O Cencosud vem caindo no ranking ao longo dos últimos anos e, com esta venda, pode perder mais uma posição para outro mineiro: o Mart Minas.

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