Parlamentares aproveitaram sessão plenária desta segunda para pedir respeito e fazer críticas à Kalil.
O clima estava tenso na sessão plenária na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte desta segunda-feira (4) diante da tensão na relação com a Prefeitura de BH, com denúncias que vão desde o suposto esquema de caixa dois no alto escalão do Executivo Municipal a tentativa de pressão em cima da CPI da BHTrans, e também ameaça de derrubada de decretos de Kalil durante a pandemia.
Falas fortes foram feitas, até porque há uma mágoa de muitos vereadores com o prefeito Alexandre Kalil desde que ele chamou parte dos parlamentares de boçais, em entrevista à Itatiaia, há alguns meses. A crise que tem se escalado entre os dois poderes nas últimas semanas ganhou ainda mais força na última sexta-feira (1º), quando vieram à tona as denúncias contra a PBH.
Alguns vereadores de oposição aproveitaram para discursar, demonstrar insatisfação com a prefeitura e criticar Kalil. Um desses parlamentares é Wilsinho da Tabu (PP) que pediu ao prefeito respeito com a Câmara Municipal. “Há de haver respeito entre os poderes. Por parte desta Casa sempre houve respeito, desde que eu estou aqui como um dos vereadores eu preciso respeitar o poder Executivo. De lá para cá tem havido direto falta de respeito, a níveis de imprensa, de rádio, de televisão, com falas desconexas e desnecessárias. Os dois poderes precisam trabalhar juntos e em favor da cidade de Belo Horizonte.”
No fim da reunião plenária, a presidente da Câmara, vereadora Nely Aquino (Podemos), leu em uma nota de tom moderado, sem críticas contundentes à prefeitura. “Não se deve perder de vista que a discussão da cidade e da qualidade dos atos de governo deve ser amplamente debatida pelo parlamento, com respeito, responsabilidade e, sobre tudo, independência. A Câmara Municipal é um poder independente.
Fonte: Itatiaia