Com o objetivo de ampliar seu portfólio financeiro, a companhia anunciou a aquisição de uma fatia de 74,6% da Atar, fintech catarinense que atua com a oferta de infraestrutura bancária.
No mercado aquecido das fintechs, uma área, em particular, começa a entrar no alvo das aquisições e de investimentos de fundos de venture capital: as startups que oferecem a infraestrutura por trás de produtos e serviços financeiro, em um segmento também conhecido como banking as a service.
Sinergia de mercado
A Porto Seguro é a mais nova empresa a apostar nesse filão. Na manhã desta segunda-feira, 4 de outubro, a empresa anunciou a aquisição de uma fatia de 74,6% da Atar, fintech catarinense fundada em 2014 e que desenvolve soluções de banking as a service e de infraestrutura bancária.
O acordo, cujos valores não foram revelados, foi fechado por meio do Fundo de Investimento em Participações Porto Ventures. O veículo foi criado para comprar de fatias de companhias que tenham sinergia com mercados nos quais a Porto Seguro já atua ou planeja atuar.
Esse é o segundo movimento do Porto Ventures que, em janeiro deste ano, adquiriu uma participação de 74,67% da Segfy, empresa paranaense que oferece soluções e tecnologias para corretores e corretoras de seguros.
Em comunicado ao mercado, a Porto Seguro ressaltou que a aquisição do controle da Atar tem como objetivo consolidar sua participação em serviços financeiros, com o investimento em uma instituição de pagamentos capaz de desenvolver soluções digitais, entre elas uma conta digital, de maneira ágil, eficiente e escalável.
Atualmente, a Porto Seguro já oferece produtos e serviços como cartões de crédito, financiamento de veículos, empréstimos, consórcios, gestão de investimentos e previdência privada.
A conta digital irá complementar esse portfólio e, segundo a Porto Seguro, o acordo com a Atar envolve um aporte adicional – também não revelado – para o desenvolvimento de novos serviços e a ampliação da plataforma de pagamentos da fintech.
As ações da Porto Seguro abriram o pregão de hoje com ligeira queda de 0,93% e ações cotadas a R$ 49,16. No ano, os papéis da empresa, avaliada em R$ 15,7 bilhões, acumulam alta de 1,26%.
Entre outras movimentações, o segmento de banking as a service foi palco de investimentos captados pela brasileira FitBank, junto a companhias como J.P. Morgan e CSU. Outra startup do setor capitalizada é a Dock (ex-Conductor), que, no fim de 2020, captou US$ 170 milhões com investidores como Temasek e Viking Global Investors.
Em sua onda de aquisições, o Magazine Luiza também abriu espaço para comprar a Hub Fintech, em dezembro de 2020, por R$ 290 milhões. Além desses nomes, BV, Neon e Banco Original são alguns dos outros nomes que estão explorando o segmento de banking as a service.
Fonte: Fusões e Aquisições