O Parque Nacional da Serra da Canastra, localizada no Sudoeste de Minas, é um dos cinco novos parques federais encaminhados para concessão. Segundo informe do Ministério do Meio Ambiente, isso vai ajudar a proteger uma área de quase 200 mil hectares, localizada entre os municípios de São Roque de Minas, Sacramento, Delfinópolis, São João Batista de Glória, Capitólio e Vargem Grande. O Ministério acredita que, por meio do ecoturismo, parques como o Canastra receberão ainda mais visitantes, gerando novas oportunidades de trabalho e renda, além da geração de recursos para a proteção ambiental.
O projeto do Governo Federal prevê que outros 20 parques sejam incluídos na carteira do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), dos quais quatro já passaram por leilões: Aparados da Serra e Serra Geral (SC e RS); e Chapada dos Veadeiros (GO) e Parque Nacional da Tijuca (RJ). Juntos, eles somam R$ 420 milhões em investimentos para desenvolver o ecoturismo e fortalecer a conservação. Entre os que ainda serão concedidos à administração privada estão o Parque Nacional do Caparaó e Serra do Cipó, que junto com o Canastra, são os mais visitados em Minas Gerais.
Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra reúne em sua área basicamente dois maciços: a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com o vale dos Cândidos no meio. As altitudes variam entre 900 e 1.496 (torre da Serra Brava) e a vegetação predominante são os campos rupestres, com manchas de cerrado e matas ciliares.
O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras com altura acima dos 100 metros. As características do relevo e da vegetação favorecem também a observação de animais selvagens, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro. Uma de suas principais atrações é a nascente do Rio São Francisco.