Ela tem apenas sete anos e como toda criança desta idade, ainda não dominou por completo os conceitos da leitura, escrita e das operações básicas de matemática. Mas, quando o assunto é cultivar café especial a pequena Sarah Souza, moradora de Simonésia, município a 162 Km do Vale do Aço que fica na divisa da Zona da Mata com o Vale do Rio Doce é algo singular. A vontade de Sarah em aprender o ofício deixou encantados muitas pessoas com formação e especialização no ramo.
O desejo motivou seus pais Marcos Antônio Souza e Natália Souza, a também se interessarem no assunto e trabalharem neste sentido. O primeiro passo foi estudarem, através de um programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), conhecido como “Café+Forte” oferecido pelo Sistema Faemg/Senar/Inaes.
O acompanhamento, começou há menos de um ano e a família já prepara os primeiros lotes. Sarah e a irmã Heloísa acompanham tudo e ajudam na colheita e separação do café que virou uma missão especial também para seus avós, tia e prima.
Com a orientação do técnico de campo Wanderlei Miranda, a família melhorou os cuidados com a lavoura fazendo adubação e poda corretas, construiu terreiros suspensos maiores e reformou as instalações para armazenamento adequado do café após beneficiamento.
“Eles recebem muito bem as novas propostas de gestão e com isso vemos uma melhoria técnica e econômica contínua. Estamos nos preparando para certificar a propriedade pelo Certifica Minas”, destacou Wanderlei.
Marcos e Natália também participaram de cursos do Senar de Classificação e Degustação de Café e de Torra e afirmam que o conhecimento é essencial para avançar no sonho de fazer cafés de qualidade. “Com a chegada do ATeG mudamos para melhor. Vamos em busca de conhecimento para seguir o nosso sonho!”.