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HEADER – DESTAQUES VALE DO AÇO – BNDF

A economia em estado de alerta!

Duas paralisações deflagradas no fim de semana ameaçam recuperação econômica no Vale do Aço

No início da manhã de sexta-feira(26), uma mobilização por meio de redes sociais que até para seus organizadores resultou em adesão acima das expectativas deixou os usuários de transporte por meio de veículos acionados por aplicativos de smartphones sem o habitual serviço. O estacionamento do estádio João Lamego Neto ficou repleto de veículos e motoristas a partir das 7 da manhã. Ao lado de cada “equipamento de trabalho” um motorista começa a entender que o “empresariamento” por meio de um credenciamento em aplicativos de mobilidade como alternativa à falta dos empregos para os quais se prepararam ou se dedicaram por toda a vida passou de solução passou a pesadelo.

Segundo os motoristas que conversaram com o Portal N+, a cada 2km percorridos, o veículo é remunerado em R$4,40. Desse valor tem-se que mantê-lo abastecido e pagar todas as outras despesas do veículo. Ao “salário” sobra muito pouco para fazer frente às despesas pessoais.

Essa constatação, de certo, demonstra que desde seu surgimento que os Uber, 99, etc. são, a precarização do trabalho e somente é positivo para eles (razoável para o consumidor – no início foi melhor, lembram das balinhas e a água mineral?). A paralisação estava prevista para terminar as 13h e com previsão de retornar na próxima semana.

Reivindicação

A busca é por melhoria na tarifa cobrada ao consumidor que resulte, por conseguinte, na majoração do valor do repasse do aplicativo para o motorista. Ao contrário de uma greve tradicional por melhores salários, os “parceiros” do sistema virtual reivindicam a elevação dos valores das tarifas ao consumidor, vão diretamente a fonte dos recursos. Não pleiteiam, à priori, a elevação do percentual do repasse.

Nada que não esteja ruim…

Ao cair da tarde, outra dor de cabeça “monstro” surgiu para a sociedade. Dessa vez, nem os motoristas de aplicativo contavam que a paralisação na parte da manhã da sexta-feira poderia, na semana que vem, acontecer sem que eles próprios se mobilizassem para isso.

Após manifestação e assembleia realizadas na mesma sexta-feira, os transportadores de combustíveis de Minas Gerais entraram em greve, conforme o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque), Irani Gomes em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, periódico especializado em economia e negócios da capital.

A categoria protesta contra a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e busca uma redução de 15% para 12% do valor cobrado sobre o óleo diesel.

Busca por encher o tanque

A informação foi disseminada no boca-a-boca levando uma corrida aos postos em todo o Vale do Aço gerando, assim,filas enormes. Em vídeos na internet, circulam imagens de elevação do valor da gasolina nos painéis de preços dos postos de combustíveis em Belo Horizonte causando indignação na população (a conferir).

A bronca, agora é com o Governo de Minas

O presidente do SindTaque, Irani Gomes afirma que a paralisação permanecerá até resolver o problema da categoria (composta por algo em torno de 200 transportadoras, que possuem mais de 3.500 caminhões). Os desafios enfrentados, segundo ele, está no alto custo operacional e dificuldade de obtenção de lucro (algo que o trabalhador assalariado convive a muito tempo e agora o empresariado de alguns setores experimentam).

Segundo entrevista do Governador Romeu Zema à Rádio Itatiaia, o problema não se deve a alíquota do ICMS e sim a política de reajuste de preços da Petrobrás. Ainda, Romeu Zema, procurou tranquilizar que a greve não afetará a continuidade da vacinação contra a Covid-19.

Reflexos

A falta de combustível que poderá ser sentida já na semana que se inicia afetará a economia no núcleo da sua cadeia de valor, a logística. Se a produção não chegar a atacadistas, distribuidores, varejistas e, finalmente, ao consumidor final, vamos interromper a já tímida recuperação pós-pandemia. O comércio em Ipatinga, por exemplo, que foi altamente penalizado pelas diretrizes de restrição de circulação por mais de 6 meses no ano passado poderá ser atingido em outro flanco: Ter cliente, ter demanda e não ter produto.

Atualizando

No Sábado(27) o Sindtaque em comunicado a imprensa informou a suspensão da  greve e abertura de diálogo como o governo de Minas.

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