O governador Romeu Zema lançou, nesta quinta-feira (25/2), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, duas ações voltadas às micro e pequenas empresas mineiras, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede).
A primeira delas é um decreto de reformulação da política de Arranjos Produtivos Locais (APLs) do estado – grupos de empresas que atuam em um mesmo território com foco nos mesmos produtos e que cooperam entre si. O objetivo é movimentar o desenvolvimento regional e reforçar políticas públicas específicas aos 50 APLs atuantes hoje em Minas Gerais e aos que ainda poderão ser reconhecidos.
Também foi lançada parceria do Governo do Estado com o Sebrae Minas, por meio do Sebraetec, para capacitar e ajudar cerca de 6 mil pequenos e médios empresários a alavancar suas atividades em 400 cidades do Estado até 2022 por meio de consultorias. Serão investidos R$ 25 milhões.
Investimentos
Zema destacou que as inciativas fazem parte do esforço para atrair mais investimentos para Minas Gerais.
“Estamos indo para R$ 95 bilhões em investimentos atraídos desde o início da gestão. Apenas nos dois primeiros anos, 2019 e 2020, foram R$ 88 bilhões atraídos. E isso tende a se intensificar por meio de medidas como essa aqui, além de outras que temos feito na área tributária, no sentido de simplificar as obrigações acessórias, e na área ambiental, para agilizar o procedimento de solicitação, principalmente para micro e pequenas empresas, que são o motor da nossa economia”, disse o governador.
APLs
Os 50 Arranjos Produtivos Locais de Minas estão em 257 municípios, abrangem 34 mil empresas e geram cerca de 153 mil empregos.
A reformulação idealizada pela Sede pretende classificar de quatro diferentes maneiras os atuais arranjos produtivos formalizados pelo Estado: pleno, consolidado, em consolidação e provisório.
Dessa forma, os APLs com maior grau de maturidade, formado por mais empresas, com melhor articulação local, atuação consolidada nos mercados interno e externo, mão de obra mais qualificada e específica, entre outras características, ficarão em uma classificação distinta de outros arranjos menos organizados.
Como exemplo é possível comparar o APL de Pequi, no Norte de Minas, e o de Metal, no Vale do Aço. Enquanto o primeiro ainda demanda mais investimentos para ser impulsionado e comercializado em todas as regiões do estado, o segundo já tem expressão até mesmo fora do país, movimentando número considerável de empresas, empregos e recursos. Assim, o APL de Pequi seria classificado como em consolidação, enquanto o de Metal seria pleno.
Essa diferenciação permitirá ao governo desenvolver as potencialidades regionais e suas vocações econômicas, proporcionar investimentos nas regiões, criar oportunidades de negócios, gerar emprego e renda, aumentar a competitividade do Estado em diversas áreas e identificar mais facilmente as demandas de cada APL.
De acordo com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o objetivo é organizar o movimento e facilitar a conexão entre as empresas.
“O foco da nova política é levar prosperidade para todos os mineiros, por meio de iniciativas e investimentos privados. Vamos mostrar nessa nova política que o Estado entra como articulador perante diversos produtos e serviços. Estamos na era na informação, mas infelizmente peca-se muito na comunicação e conexão. Com melhores conexões, vamos melhorar esses resultados e a economia, com geração de empresa e renda”, explicou.
SebraeTec
O Sebrae Minas e o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), farão parceria para a realização do Sebraetec, programa que facilita o acesso dos pequenos negócios a consultorias tecnológicas para inovação, visando a melhoria de processos, produtos ou serviços.
O presidente do Conselho Deliberativo Estadual Sebrae-MG, Roberto Simões, defendeu a importância da parceria para impulsionar a retomada econômica no estado.
“Esse projeto abrange todos os segmentos da economia. Neste momento de retomada econômica é fundamental, uma vez que as empresas estão buscando se reposicionar em um mercado cada vez mais dinâmico e digital. A parceria com a Codemge vai nos permitir alcançar mais empresas. Os pequenos negócios mineiros representam 99,2% dos estabelecimentos do estado, por isso são os grandes responsáveis pela recuperação da economia, e geração de emprego e renda”, afirmou.
Neste ano, serão investidos R$ 25 milhões em projetos de inovação, sendo R$ 20 milhões aportados pelo Sebrae e pela Codemge, em partes iguais, e R$ 5 milhões estimados como contrapartida dos empreendedores.
O objetivo é viabilizar o acesso à inovação, aumentando as vendas e a produtividade das empresas. Podem participar do programa micro e pequenas empresas (MPEs), microempreendedores individuais (MEI) e produtores rurais. O programa oferece mais de 60 produtos, em quatro áreas: Produção e Qualidade, Design, Sustentabilidade e Desenvolvimento Tecnológico. As empresas recebem consultorias de especialistas do mercado, projetos individuais personalizados e acompanhamento do Sebrae em todo o processo.
No último ano, mais de 2,6 mil empresas de micro e pequeno porte e MEIs em todo o estado foram atendidos pelo Sebraetec, totalizando um aporte de R$ 19,5 milhões em projetos de inovação. Para apoiar os pequenos negócios durante o período de crise, o programa criou combos personalizados com soluções mais econômicas para ajudar as empresas na retomada das atividades.
* Com informações a Agência Minas