Desde as 7 da manhã dessa sexta-feira (26) movimento significativo de motoristas de aplicativos Uber e 99 vindos de todo Vale do Aço deflagrou paralisação e concentrou veículos no estacionamento do Ipatingão.
Para o motorista David Silva Alves, morador de Coronel Fabriciano, um dos responsáveis por convocar o movimento, é importante que se ganhe repercurssão. “Organizamos por meio de redes sociais e não tivemos a dimensão da adesão que tivemos. A classe está com muitas dificuldades devido ao baixo valor pagos pelas corridas o que inviabiliza a manutenção do veículo, estar com a documentação sempre em dia, substituição de pneus e outras peças fundamentais para a melhor prestação do serviço” observa o microempresário.
Segundo os motoristas que conversaram com o Portal N+, a cada 2km percorridos, o veículo é remunerado em R$4,40. Desse valor tem-se que mantê-lo abastecido e com todas as outras despesas. Ao “salário” sobra muito pouco para fazer frente às despesas pessoais.
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A previsão que a paralisação chegue até as 13h. Alguns usuários que precisaram utilizar Uber e 99 na região receberam a mensagem de “serviço temporariamente indisponível”.
Patrão sem rosto e sem sede
Indagado pela reportagem sobre como a reivindicação por majoração dos valores repassados pelo aplicativo aos motorista poderia chegar às empresas, David apontou outra dificuldade: Não há sede e nem alguém que possa receber as nossas reivindicações. Ligamos para uma central de atendimento em que a atendente recebe a sua solicitação e a enquadra dentro de um “menu” de possibilidades e não há retorno. O empresário, não tem como acessa – lo, ou seja nosso patrão”; desabafa o motorista.
A reportagem do Portal N+, continuará acompanhando os desdobramentos dessa paralisação durante o dia.