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Educação em greve: professores de Ipatinga definem paralisação da categoria

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Foi realizada ontem (18) uma assembleia virtual do Sind-UTE de Ipatinga e os professores deliberaram por deflagrar greve a partir do dia 22/02, por tempo indeterminado, contra a volta das aulas presenciais nas escolas da rede municipal. De acordo com o sindicato, será a “GREVE EM DEFESA DA VIDA” e, apesar de não comparecerem às escolas, os profissionais da educação estarão disponíveis para realização do trabalho remoto.

Além da paralisação, a categoria está planejando ações e atividades para mobilização das comunidades escolares. Entre elas, paradas de conscientização para que os pais não enviem seus filhos e de chamamento para adesão dos profissionais da educação.

De acordo com Isaura Azevedo, professora e diretora do Sind-UTE, subsede Ipatinga, o Sindicato pretende ainda ingressar com ações judiciais contra os “ataques aos direitos dos profissionais da educação”. “A nossa principal reivindicação é que o trabalho remoto, realizado devido à situação de crise sanitária que a cidade passa por causa da pandemia, seja continuado até que 60% da população seja imunizada. Este é o que a ciência aponta como um cenário seguro para o retorno das aulas presenciais. Também reivindicamos mais agilidade na imunização da população”.

Isaura afirma que o Sind-UTE enviou um pedido à Câmara Municipal para realização de Audiência Pública. O presidente da câmara Toninho Felipe afirmou, por meio de sua assessoria, que recebeu o ofício enviado pela categoria e está em contato para definirem uma data que seja viável para a realização de uma reunião, a fim de que os profissionais sejam ouvidos.

O Sindicato afirma que a categoria nunca foi ouvida para que as decisões acerca do ano letivo fossem tomadas. “Sempre nos colocamos à disposição da secretaria e da administração para construímos juntos as decisões, mas elas sempre foram tomadas de maneira unilateral, não houve a democracia da qual sempre falam prezar”.

A assessoria da Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que não irá se pronunciar a respeito da decisão dos profissionais da categoria de entrarem em greve.

Termo de isenção de responsabilidade

Um dos pontos levantados na assembleia pelo Sind-UTE foi a distribuição, pela SME, de um termo de compromisso a ser assinado pelos pais, com um trecho que isenta a própria SME, a escola e os órgãos públicos de quaisquer transtornos decorrentes do comparecimento das crianças às aulas presenciais.

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A SME afirma, por meio de assessoria, que o termo é direcionado apenas aos pais de crianças que possuem comorbidades. Neste caso, o recomendado pela Secretaria é que permaneçam em casa e haverá a possibilidade do ensino remoto. O mesmo é válido para os professores que fazem parte do grupo de risco. Estão isentos de retornar às atividades em sala de aula e podem continuar trabalhando a distância.

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